Teatro do Povo/Teatro Nacional Popular-"Comédia das Verdades e das Mentiras"
Nº de Conjunto: MNT-CONJ 2.3
Museu: Museu Nacional do Teatro e da Dança
Descrição: Conjunto de peças relativas à peça "Comédia das Verdades e das Mentiras" levada à cena em 1955 pelo Teatro do Povo e em 1957 e 1958 pela Companhia do Teatro Nacional Popular
COMÉDIA DAS VERDADES E DAS MENTIRAS
Um original de Costa Ferreira com encenação de Francisco Ribeiro e figurinos de José Barbosa. A peça estreou em 1955 na casa do Dr. Abel Lacerda em 1955 e teve uma representação, também neste ano, no largo do Palácio Nacional de Sintra. Contou com as interpretações de Francisco Ribeiro (Briguela), Paulo Renato (Arlequim), Costa Ferreira (Cpaitão D. Espavento do Vale do Inferno), Armando Cortez (Pantaleão), Maria José (Florela), Fernando Gusmão (Dr. Matarratos), Carlos Duarte (Lenadro), Lili Neves (Florentina), Gina Santos (Flamínia) e Carlos Wallenstein (Bruno).
A partir de 1956, a Companhia Teatro do Povo deu lugar à Companhia do Teatro Nacional Popular, tendo esta peça sido representada 55 vezes. Passaram a fazer parte do elenco da companhia os seguintes actores: Ligia Teles, Canto e Castro, Curado Ribeiro, Fernando Muralha, Joaquim Rosa, José de Castro, Rogério Paulo e Rui de Carvalho.
COMPANHIA TEATRO DO POVO
A companhia itinerante Teatro do Povo, dirigida por Francisco Ribeiro (Ribeirinho) e criada por António Ferro em 1936, foi pensada como um veículo de propaganda da "política do espírito" aos meios rurais, apresentando peças com linguagem simples que procuram transmitir principalmente valores "morais" e políticos do Estado Novo e não tanto uma mensagem artística. O repertório de pouca qualidade leva à extinção gradual da companhia no início da década de 40, o que leva Francisco Ribeiro a sair para formar "Os Comediantes de Lisboa". O cargo de director do Teatro do Povo foi sucessivamente entregue a Alfredo Ruas, a Joaquim de Oliveira e a Alberto Ghira. Em 1952 o SNI decide fazer renascer a Companhia e convida novamente Francisco Ribeiro para a dirigir. Nesta segunda fase, que dura até à sua transformação em Teatro Nacional Popular (TNP) no ano de 1955, o reportório é constituído por autores clássicos maioritariamente portugueses, onde a companhia se apresenta em espectáculos ricos em termos de encenação e desenhos teatrais.