Descrição: Resplendor de imagem em forma de crescente com raios triplos setiformes alternando com diminutas secções de raios, em prata dourada decorada por pedras. Crescente com moldura lisa, campo relevado e decorado por volutas, concheados e óvulos. O centro é constituido por pedras aplicadas que formam uma flor através de uma pedra circular colorida que é envolta por 11 pequenas pedras de minas-novas. Ambos os lados da moldura são decorados por quatro pedras rectangulares coloridas, sendo que existem duas e em cada lado respectivo. Os cantos são rematados por folhagem de acanto.
Origem/Historial: Integra a relação de objetos transferidos do Convento de Santos-o-Novo para o Palácio Nacional de Queluz, em 14 de novembro de 1921.
Em 1894 foi arrolada com o nº 68 no Capítulo 1º dos "Objetos de metal precioso e pertencentes ao culto, que foram encontrados na Egreja, capellas e oficinas do Convento (...) Resplendor - um e uma corôa tudo de prata lavrada e dourada, sendo o resplendor a dourado com cinco diamantes rosas, um topazio e outras pedras brancas, pertencentes à imagem de Sant'Anna e respectivo Menino, do Altar de Sant'Anna".
Verba nº 228 do “Auto de arrolamento e conferência dos bens existentes no edifício do Convento e Santos-o-Novo e que são pertença do Património Nacional”, de 14 de outubro de 1921; "Um resplendor e uma coroa tudo de prata lavrada e dourada, sendo o resplendor adornado com cinco diamantes rosa, um topazio e outras pedras brancas (...) (Verba nº68)".
Verba nº 228 do “Auto de remessa dos objectos pertencentes ao extinto Recolhimento de Santos-o-Novo para o Palácio Nacional de Queluz” de 14 de novembro de 1921.
Nº 330 do inventário dos Salvados de 1934 (realizado após o incêndio que deflagrou no Palácio de Queluz, em outubro de 1934), conferido pelas verbas do inventário de Santos-o-Novo pertencentes aos objetos que foram remetidos para o Palácio Nacional de Queluz. Anotado na verba correspondente (Os diamantes eram cinco, falta um); "Um resplendor e uma corôa tudo de prata lavrada e doirada, sendo o resplendor adornado com cinco diamantes rosas. Uma tupazio e outras pedras brancas, pesando tudo quarenta e sete gramas. (Os diamantes eram cinco , falta um)(Com o nº 228)".
Nº 698 dos Cadastros de 1938 e 1939.
Nº 698 do Cadastro dos Bens do Domínio Público de 1941, nº de ordem 1152; Resplendor e 1 Coroa, prata lavrada e dourada; o resplendor (30g) tem 5 pedras de cor e 11 (diamantes) minas novas pequenas; a coroa (13g) tem 3 (diamantes) minas novas grandes (nº 330 do inventário dos Salvados / nº 228 de Stºs-o-Novo).
O Convento de Santos-o-Novo, também conhecido por antigo convento das Comendadoras da Ordem de Santiago, foi extinto a 9 de maio de 1895, o recheio foi distribuído por várias instituições (Museu Nacional de Arte Antiga, Palácio Nacional de Queluz) e vendido em hasta pública. Toda a documentação referente ao Convento de Santos-o-Novo encontra-se no Arquivo Nacional da Torre do Tombo.
Incorporação: Verba nº 228 do Convento de Santos-o-Novo, 1921;
Nº 330 do Inventário dos Salvados, 1934;
Nº 698 do Cadastro dos Bens do Domínio Público de 1941, nº de ordem 1152.