Capa de Asperges
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Museu: Palácio Nacional de Queluz
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Nº de Inventário: PNQ 605/8
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Super Categoria:
Arte
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Categoria: Têxteis
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Autor:
Autor desconhecido (-)
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Datação: Século 17/19
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Suporte: Tafetá de linho, lhama
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Técnica: Bordado directo sobre lhama e tafetá de linho
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Dimensões (cm): Alt. 157 x Larg. 304
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Descrição: Capa de Asperges/Pluvial com capuz e firmal em lhama com fio metálico prateado e tafetá de linho, bordado a lantejoulas, sebasto bordado com barra constituída por motivos vegetalistas e florais: espigas, túlipa, rosa/camélia (?), flor bulbosa e folhagem variada. Galão de esquema geométrico bordado a fio laminado, com aplicação de lantejoulas, canutilho e folha metálica policroma. Franja de fio laminado dourado com alma de seda. Monograma com as iniciais IHS bordadas no capuz.
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Origem/Historial: O branco, símbolo de pureza, é usado em todas as festas do Senhor (incluindo a Quinta-feira Santa e a Festa de Todos os Santos), dos Confessores e das Virgens.
Pluvial, Capa de Asperges - Capa semi-circular, podendo unir na frente por pequeno rectângulo de tecido ou peça metálica - o firmal. Nas costas, apresenta uma peça destacada em forma de escudete, frequentemente presa por elementos de passamanaria - o capuz. Executada em tecido(s), e/ou bordado, com galões e franjas. É essencialmente uma veste processional, também usada em bençãos solenes e outras.
É uma veste superior usada por todo o clero, do Papa aos cantores e, mesmo, nalgumas igrejas, pelos meninos de coro, em cerimónias solenes, excepto a missa, nas vésperas, na procissão ou na bênção do Santíssimo e, pelo presbítero assistente, na celebração de missa pontifical. Geralmente, de seda ou tecido com trama dourada ou prateada, é cortada em semicírculo e a cor varia consoante o tempo litúrgico e a dignidade eclesiástica de quem a usa. A capa, no início, apresentava um capuz que progressivamente se transformou numa peça destacada em forma de escudete, orlada por galão e franja (capuz de capa). A abertura é orlada por uma banda de tecido diferente e delimitada por galão (sebasto), geralmente muito decorada (em italiano, diz-se "stolone"; em francês, diz-se "orfrois"); os dois lados unem-se por uma pala de tecido com colchetes ou por um broche metálico (firmal), reservado ao Papa, cardeais e bispos.
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Incorporação: Coleções reais, Palácio das Necessidades, 1918, tendo pertencido anteriormente à capela do Palácio da Bemposta.
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Bibliografia
- THESAURUS - Vocabulário de Objectos de Culto Católico. Vila Viçosa: Fundação da Casa de Bragança, 2004