Relógio de sol horizontal com meridiana

  • Museu: Palácio Nacional da Pena
  • Nº de Inventário: PNP2107
  • Super Categoria: Arte
  • Categoria: Metais
  • Autor: Autor não identificado
  • Datação: Século 19
  • Técnica: Bronze fundido e cinzelado; prata incisa.
  • Dimensões (cm): Comp. 61 x Alt. 34 x Larg. 34,5
  • Descrição: Relógio de sol e quadrante solar (gnómon), ao qual está acoplada uma meridiana com um pequeno canhão, apresentando-se como um conjunto unitário assente sobre base de bronze de forma irregular e arestas bizeladas, ornamentada na parte anterior e na zona dos ângulos por quatro parafusos rematados por rosetas de acantos emolduradas na base por motivos de acantos e bolotas entrelaçadas. Assente em base de mármore. No mostrador estão inscritos em algarismos romanos as horas do dia; calendário juliano (de Janeiro a Dezembro) e escala de acertos e correcções horárias em termos de segundos. Este disco é ornamentado na zona de projecção do gnómon por composição vegetalista de acantos em volutas entrelaçados e folhas de água, centrado por mascarão e uma alcachofra gravados. A todo o perímetro tem inscritos os meses do ano escritos por extenso e outras inscrições que estão realcionadas com a velocidade média do sol consoante a altura do ano que permite a correcção da hora solar verdadeira em hora solar média. Ao centro, aplicado sobre a placa de bronze que lhe serve de base, gnómon assente sobre plinto rematado com friso de acantos cinzelados e motivos de ramagens de acantos e dois girassóis entrelaçados. A meridiana é constituída por dois transferidores solares assentes sobre plintos (com friso de acantos cinzelados e aplicações) com quadrantes em prata, apresentando cada um deles (e do lado direito do observador) escala de janeiro a Junho e de Julho a Dezembro (lado esquerdo do observador) acompanhadas por ideogramas astrológicos. São igulamente percorridos por braços articulados ornamentados por motivos de túlipas e girassóis, os quais sustêm moldura de lente - a alidade - (lente omissa) em forma de sol radiante, rematado por duas carrapetas em girassol. Sob a lente encontra-se um canhão assente sobre dois plintos laterais (com motivos de volutas em "CC", grinaldas e girassóis) e um terceiro sobre a zona do pavio, motivo inciso em forma de pluma. Este quadrante seria accionado para soar o meio-dia de qualquer dia do ano (pelo tiro do canhão) assim que a luz do dia incidisse na lente (in "Tempo Real: coleção de relógios do Palácio Nacional da Ajuda", 1996, cat. 83)
  • Origem/Historial: Integrou originalmente o recheio do Palácio do Ramalhão, residência pessoal de D. Carlota Joaquina (1775-1830) em Sintra, tendo sido transferido para o Palácio da Pena anos após a morte da rainha, no contexto das partilhas dos seus bens. "Há mais ido para o Real Palacio da Pena, por ordem de V. Sª, uma meridiana de bronze dourado, que dá um tiro ao meio dia (...)". Cf. ofício de Rodrigo José Simões a Gonçalo Jaime Aldim, datado de 12 de janeiro de 1844 (ANTT, Casa Real, Cx. 4664, doc. 256). Durante muitos anos, e segundo a tradição, foi erroneamente considerado uma oferta a D. Fernando II por parte do barão de Kessler, médico que o acompanhou ao estabelecer-se em Portugal. Iconografia vária da família real ao tempo de D. Carlos e D. Amélia, mostram-no sobre a guarda do Terraço da Rainha deste palácio.
  • Incorporação: Coleções Peais, Palácio da Pena, 1910.
  • Centro de Fabrico: Portugal

Bibliografia

  • GODINHO, Isabel da Silveira (coord.) - "Tempo real: a coleção de relógios do Paço da Ajuda". Lisboa: IPPAR, 1996.

Exposições

  • "Tempo real: colecção de relógios do Paço da Ajuda"

    • Palácio Nacional da Auda
    • Exposição Física
  • "Tempo Real: la collection royale d' horlogerie du Palais National da Ajuda, Lisbonne"

    • Musée de L'Horlogerie et de L'Émaillerie, Genève
    • 16/4/1999 a 15/11/1999
    • Exposição Física

Multimédia

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