Descrição: Saleiro de formato elíptico assente em quatro pés em forma de garra. Corpo em "grade de fio" com trabalho em "abertos" (vazado). Na verso tem gravado o n.º 1, uma coroa real incisa e as iniciais C.R. (Casa Real? Carlota Regina?). Depósito em vidro azul escuro com estrelas douradas.
Origem/Historial: Na sequência da implantação da República (1910), foi inventariado na "Casa Forte" do Palácio das Necessidades, no agrupamento de "objetos de várias espécies denominados Real Tesouro", com o n.º 16813: "Quatro de saleiros de prata, de forma oval, grade em fio e pés de garra, com os competentes depositos e vidro azul teem gravado as iniciaes CR e os numeros um a quatro; pesam excluindo os depositos de vidro trezentos e tres gramas". Anotado ao lado terem sido os saleiros n.º 2 e 4 transferidos para o Museu Nacional de Soares dos Reis em 1941 (Arquivo do PNA, Arrolamento do Palácio das Necessidades, vol. VII). Os restantes, marcados com o n.º 1 e 3, permanceram na casa-forte desse palácio e, em 1956, seriam transferidos para o da Pena. Em 1957, por solicitação do Secretariado Nacional de Informação, seriam cedidos para o jantar oferecido na Torre de Belém ao governador-geral da África do Sul (7 de agosto) [cf. doc. associada]. Encontram-se ambos depositados desde 2017 no Palácio Nacional de Queluz.
Incorporação: Palácio das Necessidades, 1956. Cf. "Relação de peças existentes na Casa-Forte do Palácio das Necessidades, destinadas ao Palácio Nacional da Pena", datada de Novembro de 1956, com o n.º 16813: "Dois saleiros de prata em forma oval, grade de fio, pés de garra, competentes depósitos em vidro azul, nº 1 e 3, C.R. Peso total: 0,303 grs." [Arquivo do PNP, Movimentação de Objetos].
Centro de Fabrico: Portugal
Bibliografia
MARTINS CARNEIRO, José Manuel; Luís Eduardo da Mota Veiga Castelo Lopes - Exposição de Ourivesaria do Palácio Nacional da Pena. Sintra: Palácio Nacional da Pena, 1986
Exposições
Exposição de Ourivesaria do Palácio Nacional da Pena