Candelabro / Conjunto de relógio e candelabros (3)

• Museu: Palácio Nacional da Ajuda
• Nº de Inventário: 523
• Super Categoria: Arte
• Categoria: Metais
• Autor: Picard, Henri (Bronzista)
• Técnica: Fundido, cinzelado e dourado
• Dimensões (cm): Comp. 35 x Alt. 80 x Larg. 48
• Descrição: Candelabro de dez lumes, em bronze dourado, constituído por um tronco de palmeira sustentando dez ramos de folhagem com igual número de lumes e dois meninos representando as estações da Primavera e do Verão. O primeiro, sentado, apresenta sobre o colo uma grinalda de flores; o segundo, de pé, segura um molho de espigas no braço esquerdo e na mão direita o cabo, provavelmente de uma foice, que se encontra incompleta. O conjunto repousa sobre uma base de centro alteado, decorada com enrolamentos de folhagem, uma ramagem de flores e um ramo de espigas atados com laçaria.
• Origem/Historial: Integra um conjunto contituído por relógio (imv. 521) e um par de candelabros (inv. 522 e 523) que pode ser identificado na factura da casa parisiense Raingo Frères, especializada em objectos artísticos de bronze e relojoaria. A referida factura, datada de 20 de Abril 1858, menciona o conjunto nos seguintes termos: "1 pendule le jour et la nuit n.º 2 or mat et or moulu / 1 p[ai]re candelabres 4 saisons assortis" que perfazem um valor de 2300 fr., mas cujo custo final foi curiosamente reduzido a 2000 fr. (ANTT, AHMF, CR, 1858, Cx. 4540, Doc. 29). Pouco se sabe sobre as origens da casa Raingo que inicialmente se dedicou ao fabrico de relógios. Em 1823 Raingo é mencionado como relojoeiro do duque de Chartres e dois anos mais tarde a firma passa a ser conhecida por Raingo Frères, tendo transitado por várias moradas na cidade de Paris. Os seus artigos foram exibidos em várias importantes exposições na segunda metade do século XIX e particularmente apreciados pela qualidade superior da douragem com amálgama de mercúrio. (19th Century Furniture, Sculpture, Works of art and Ceramics, including: Property from The Colllection of the Late Sir Arthur Gilbert, New York, Christie's, 24.04.2004, p. 144). Quando a Casa Real adquiriu este conjunto, reinava D. Pedro V, que habitava o Palácio das Necessidades. Supõe-se que, quando da morte prematura deste monaca e subida ao trono do seu irmão D. Luís em 1861, o mesmo tenha transitado das Necessidads para a Ajuda, nova residência da família real. (cat. Tempo Real. Colecção de Relógios do Paço da Ajuda, PNA, 1996, p. 34).
• Incorporação: Casa Real
• Centro de Fabrico: Paris, França