Alcatruz

  • Museu: Museu Nacional de Etnologia
  • Nº de Inventário: BC.935
  • Super Categoria: Etnologia
  • Categoria: Pesca
  • Autor: Autor desconhecido
  • Datação: Século 20/21
  • Dimensões (cm): Alt. 31,5 x Diâm. 34
  • Descrição: Alcatruz de base circular plana, corpo ovóide, colo ou "gola" cilindriforme, terminando num bordo saliente de recorte arredondado no exterior, em barro vermelho. A base apresenta um orifício circular que em contexto de uso permite o escoamento da água existente dentro do objecto quando retirado do mar. Na superfície do alcatruz detecta-se uma marca distintiva da sua propriedade pintada de azul. A superfície e o interior encontram-se cobertas com micro organismos marinhos. Quando a peça se encontra em contexto de uso prende-se uma corda ao colo ou "gola". Esta corda por sua vez irá prender a uma outra corda onde se encontra amarrado um peso de pedra (pandulho) que mantem o alcatruz no fundo. Os termos colo ou "gola" são utilizados entre os pescadores.
  • Origem/Historial: Pesca do polvo no rio Tejo. A colecção já existente no MNE de Pesca Artesanal Portuguesa é constituída por objectos colectados nos anos sessenta e setenta do século XX por Lino da Silva (97 registos), Ernesto Veiga de Oliveira e Sebastião Pessanha (33 registos cada um) - tendo também colaborado Carlos Medeiros, Rafael Rúdio, Margarida Ribeiro, Lapa Carneiro e Margot Dias. O conjunto de artes de pesca reunido na campanha etnográfica sistematizada pelo Doutor Luís Martins, iniciou-se em 2004, resultou inserida no projecto de investigação financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), com bolsa de Pós Doutoramento em Antropologia. Propunha, como núcleos de pesquisa, a constituição de uma nova colecção etnográfica e a estruturação de uma exposição no MNE. Ao longo da pesquisa pretendeu-se analisar e dar conta das transformações tecnológicas no sector resultantes da integração de Portugal na União Europeia. Nesta acção agregou-se 327 peças, uma parte das quais, (170 registos) são artes apreendidas pelas capitanias marítimas, porque consideradas em situação ilegal: utilização em época não autorizada, ou num local não permitido, ou por o tipo de aparelho não ser licenciado. A recolha foi efectuada, na sua maioria, por Luís Martins (233 registos) tendo também colaborado Cláudia Freire, Joaquim Pais de Brito, João André, João Coimbra e Marta Pita.

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