Candil

• Museu: Museu Nacional de Arqueologia
• Nº de Inventário: 17000
• Super Categoria: Arqueologia
• Categoria: Cerâmica
• Autor: Autor desconhecido (Ofício Autor)
• Datação: Século 11/12
• Técnica: Roda e molde
• Dimensões (cm): Comp. 9,7 x Alt. 7 x Diâm. base: 4; depósito: 7,2
• Descrição: Candil, com bico de canal, de cerâmica, coberto em ambas as faces de engobe claro amarelado. Apresenta base plana, depósito discóide, asa de fita em forma "D", colo alto bitroncocónico ligeiramente envasado com bordo boleado e arranque do bico de canal. Na parte superior do depósito ostenta decoração com a técnica de corda seca parcial constituída por meias luas de vidrado verde com alguns pigmentos mais escuros, contornadas a traços de óxido de manganês. No colo dois círculos paralelos traçados a tinta castanha (manganês). Pasta alaranjada bem depurada com alguns elementos não plásticos de grão médio a grosso.
• Origem/Historial: Este candil foi encontrado na cidade de Beja em circunstâncias e data desconhecidas. No entanto, este artefacto possui características formais e estéticas que permitem situá-lo no contexto de produção de cerâmicas islâmicas dos sécs. XI/XII. O abandono da técnica de corda seca, bastante dispendiosa e que exigia apuradas técnicas de produção, dá-se justamente no período politicamente conturbado e marcado por uma certa decadência económica favorecendo assim o aparecimento e a maciça utilização da técnica de corda seca parcial. Nas escavações em Silves e em Mértola apareceram candis análogos, decorados com meias luas preenchidas com esmalte seja verde seja amarelo e que correspondem aos contextos estratigráficos dos sécs. XI/XII e XI, respectivamente. Os exemplares que ostentam esmalte verde são mais raros. No acervo do MNA existe um outro candil muito semelhante, nomeadamente o nº Inv. 17007 proveniente de Faro. Na colecção do Museu Regional de Beja existem também outros exemplares análogos. Estudo da peça : Eva - Maria von Kemnitz.