Cilhão de Arreio de tiro à portuguesa, de 1 de 2 tiros, para 8 cavalos, designado por encimado por Coroa (Armas de D. José I e ornatos concheados)

• Museu: Museu Nacional dos Coches
• Nº de Inventário: A 3948
• Super Categoria: Arte
• Categoria: Meios de transporte
• Autor: Pintor (-)
• Datação: 1750/1775
• Dimensões (cm): Alt. 61 x Larg. 20
• Descrição: Cilhão de Arreio de tiro à portuguesa para serviço dos coches reais. Em couro preto com aplicações de latão apresentando as armas reais da época de D. José I. As fivelas são em metal dourado apresentando trabalho relevado e cinzelado de volutas e concheados ao gosto rocaille. Possivelmente devido a sucessivas intervenções nas peças, nem sempre as fivelas são de desenho igual em virtude de substituição por fivelas de outros arreios. Pertence a um arreio para seis cavalos. Estrutura arqueada rígida (arção) em couro e latão, a peça tem uma forma curvilínea, sendo as duas extremidades de maior largura sobrepondo-se uma parte plana rígida a almofadas em couro para apoio na garupa do cavalo. O cilhão é constituido por cinco peças que se sobrepõem. Primeiro uma peça fundida em metal dourado com desenho vazado e cinzelado através do qual é possivel ver a peça de couro inferior. O profuso desenho que segue os dois eixos de simetria (transversal e longitudinal) é constituido por volutas e concheados apresentando nas partes laterais mais largas as armas reais de D. José I, sendo todo o conjunto contornado por um friso entrelaçado de volutas. Sob as armas reais tem duas argolas de passa-rédeas em forma de coração invertido, sendo os aros destas constituídas por folhagem. Sobre as armas reais dois grandes parafusos de latão fixam todos os elementos do cilhão. A segunda e quarta camada do cilhão, são peças de couro com o mesmo formato da peça de latão, e entre as quais corre uma larga correia que contornando o ventre do cavalo serve de cilha, sendo o ajuste possível por uma fivela decorada. De cada um dos lados do cilhão encontram-se mais duas correias (de menores dimensões) com furação para prisão nas fivelas dos descansos de arreio que se encontram na coelheira de peitoral (uma segue na direcção da cilha prendendo no descanso existente na fivela do rebocador, a outra, que se encontra na parte da frente do cilhão, presa numa argola metálica, prende mais à frente no outro descanso do peitoral). Sobre todas estas peças encontram-se as duas almofadas de couro para apoio na garupa do cavalo. Uma argola metálica simples, atrás e ao centro, serve de suporte a uma correia com furação para prisão do rabicho.
• Incorporação: Administração da extinta Casa Real. Fundo antigo do Museu.