Bastão
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Museu: Museu Nacional de Etnologia
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Nº de Inventário: AF.372
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Super Categoria:
Etnologia
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Categoria: Ritual
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Autor:
Autor desconhecido
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Datação: Século 20
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Dimensões (cm): Alt. 111,5
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Descrição: Bastão constituído por haste de ferro delgada, da qual partem, junto ao topo, dois pares de braços curvos, terminados por um botão. Falta um braço inferior e toda a peça está bastante oxidada pela ferrugem.
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Origem/Historial: «Símbolo de autoridade ou de poder, um tanto ligado a cerimónias de investidura de régulos, e de que estes eram portadores e transmitiam obrigatoriamente aos seus sucessores. Há-os conhecidos por "Sôno macho" (varão) e "Sonô fêmea", distinguindo-se pelo facto de estes mostrarem nos topos figuras antropomórficas ou outras (homens a cavalo, cabeças humanas, etc.), e aqueles apenas duas hastes assemelhando-se a formões em tamanho grande. (MEU - Povos e Culturas. Lisboa: JIU/ MEU, 1972)
«Trata-se de um elemento da cultura Soninké da fase pré-islâmica, trazido para a Guiné-Bissau aquando da vinda desses povos (séc. XIII/ XIV) e transmitido aos Beafadas e Pajadinca com os quais se misturam somática e culturalmente. O desaparecimento do Sônô - referido já em textos portugueses dos começos do século XVII - deve-se à islamização desses povos.» (ME - "Cultura e Tradição. Guiné-Bissau". Porto: Cooperativa Árvore/ ME, 1984)
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Bibliografia
- Museu de Etnologia do Ultramar - Povos e Culturas. Lisboa: JIU/MEU, 1972
- Mudeu de Etnologia - Cultura e tradição. Porto: Cooperativa Árvore/ ME, 1984