Lança do Coche de D. Maria Francisca de Sabóia

  • Museu: Museu Nacional dos Coches
  • Nº de Inventário: AV 0057
  • Super Categoria: Arte
  • Categoria: Meios de transporte
  • Autor: Autor desconhecido (-)
  • Datação: 1660/1666
  • Suporte: Madeira de carvalho e/ou azinho (estrutura)
  • Técnica: Madeira entalhada, policromada e dourada
  • Descrição: Acessório de viatura, varal de madeira, fixado na estrutura da viatura (tesouras) que faz a ligação/ encaixe (neste caso 2 encaixes perpendiculares) entre a viatura e a atrelagem dos animais, apenas na parelha do tronco (mais próxima da viatura). Lança do Coche de D. Maria Francisca de Sabóia.
  • Origem/Historial: * Forma de Protecção: classificação; Nível de Classificação: interesse nacional; Motivo: Necessidade de acautelamento de especiais medidas sobre o património cultural móvel de particular relevância para a Nação, designadamente os bens ou conjuntos de bens sobre os quais devam recair severas restrições de circulação no território nacional e internacional, nos termos da lei n.º 107/2001, de 8 de Setembro e da respectiva legislação de desenvolvimento, devido ao facto da sua exemplaridade única, raridade, valor testemunhal de cultura ou civilização, relevância patrimonial e qualidade artística no contexto de uma época e estado de conservação que torne imprescindível a sua permanência em condições ambientais e de segurança específicas e adequadas; Legislação aplicável: Lei n.º 107/2001, de 8 de Setembro; Acto Legislativo: Decreto; N.º 19/2006;18/07/2006 * Segundo a tradição, este veículo pertenceu a D. Maria Francisca Isabel Luísa de Sabóia-Nemours, Mademoiselle d'Aumale, casada com os reis D. Afonso VI e D. Pedro II em 1666 e 1668, respectivamente. Procede do Depósito II da Repartição das Reais Cavalariças. Trata-se de um veículo bastante moderno para a época, que corporiza as inovações preconizadas pelo francês Le Pautre na década de 60 do século XVII, o qual concebia novas formas e decorações para as viaturas de aparato, que passariam a ser fechadas com vidros. Como notou Monsenhor Pereira Bôto (1909), não terá sido neste coche nem mesmo no nº invº 3 - cuja propriedade é igualmente atribuída à princesa francesa -, que D. Maria Francisca Sabóia terá dado entrada em Lisboa no ano de 1666 pois, contrariamente à descrição feita por fontes coevas, ambos têm tejadilho fixo. Segundo o mesmo autor, é provável que tenha sido este o carro utilizado no prestito do Imperador D. Pedro IV, procedente de Queluz para o Panteão da Casa de Bragança, instaldo no Mosteiro de S. Vicente de Fora, em Lisboa. Outrora identificado pela letra "B" e datado de 1666-1683, segundo verbete manuscrito existente no Arquivo do Museu, este coche encontrava-se em depósito porque "incapaz", integrando a colecção permanente do M.N.C. apenas na década de 1940, depois de ser submetido a restauro.
  • Incorporação: Casa Real Portuguesa. Bens da Coroa.

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