Sanefa e moldura de porta da Capela de Nossa Senhora do Rosário

  • Museu: Museu de Aveiro
  • Nº de Inventário: 71b/M
  • Super Categoria: Arte
  • Categoria: Escultura
  • Autor: Autor desconhecido (-)
  • Datação: 1750
  • Suporte: Madeira
  • Técnica: Ensamblagem e entalhamento da madeira
  • Dimensões (cm): Alt. 300 x Larg. 110
  • Descrição: Porta - falsa ou fingida colocada na parede de ângulo para equilibrar a composição; Peça arquitectónica que enquadra porta (moldura arquitetónica); conjunto de porta lateral direita em relação ao retábulo Principal; a moldura ornamental é constituida por ombreiras lisas, perspetivadas nos extremos superiores e lintel triangular com filete dourado a contornar toda a composição; tem na base de cada uma das ombreiras um plinto de secção rectangular pintado a imitar jaspes de cor ocre e rosa; no remate superior um frontão triangular de molduras em quarto de círculo concavo-reverso e convexo intercalado de filete plano, perspetivado ao centro e pintado de cor vermelha imitando jaspe; a encimar uma sanefa superior entalhada e vazada com decoração vegetalista a contornar e palmeta entalhada e vazada, colocada ao centro da composição; a moldura tem tabuado coberto com camada cromática a imitar marmoreados de cor azul escuro com laivos brancos e a contornar um filete plano, dourado que avança nos extremos superiores das ombreiras formando um perfil em curva reentrante seguido de frontão triangular; Os quatro cantos da Capela são cortados obliquamente, permitindo a colocação de portas, ditas "falsas" por não darem para nenhum espaço e servirem de elemento decorativo; estas portas têm molduras arquitetónicas em madeira pintada com pigmentos imitando marmoreados encimadas por um entablamento triangular, pintado de cor vermelha e laivos em ocre, com remate em sanefa entalhada com vazamentos figurativos, recortados e dourados; perfazem um conjunto de seis portas, sendo quatro falsas, e duas verdadeiras por darem acesso a espaços contíguos: a norte faz a ligação entre o ante coro-alto e a capela de N. S. do Rosário e a nascente faz a ligação entre a Capela de N. S. do Rosário e as extintas capelas de N. S. de Guadalupe e das Dores junto à Torre Sineira (ver plantas do século XVII em Domingos Maurício, Vol.II/1).
  • Origem/Historial: Proveniente do Convento de Jesus de Aveiro Os quatro cantos da Capela são cortados obliquamente, permitindo a colocação de portas, ditas "cegas" por não darem para nenhum espaço; estas portas têm molduras arquitetónicas em madeira pintada com pigmentos imitando marmoreados encimadas por um entablamento triangular, pintado de cor vermelha e laivos em ocre, com remate em sanefa entalhada com vazamentos figurativos, recortados e dourados. Esta composição foi alvo de encomenda da Soror Madre Brites de Sottomayor,.." que lhe fabricou a sua capela", in "História de São Domingos" por Frei Luís de Sousa (1678); D.Brites de Lara fazia devoção a Nª S.ª do Rosário e mandou que se entregassem "seis mil reis" em cada ano, perpétuos, em dinheiro, para a festa da "Minha Senhora do Rosário de Outubro", explicava "Assim e da maneira que eu lhos dava em minha vida" (testamento de Brites de Lara), in Domingos Maurício, Vol.I/2, pág. 184.
  • Incorporação: Disposição Legal/ Transferência

Bibliografia

  • SANTOS, Domingos Maurício Gomes dos (s.j.), 1963-7, O Mosteiro de Jesus de Aveiro, Lisboa: Companhia de Diamantes de Angola, Museu do Dundo.
  • SERRÃO, Vitor - A Pintura Proto-Barroca em Portugal, 1612-1657: 1992
  • GOMES, J. Marques, Museu Regional de Aveiro”, in, Ilustração Moderna, ed. Marques Abreu, Porto, 1º ano 1926, nº5, Setembro
  • CHRISTO, António; GASPAR, João Gonçalves, 1986, Calendário Histórico de Aveiro. Aveiro: Câmara Municipal de Aveiro.
  • Loureiro, João José, "Retábulos da Ordem dos Carmelitas Descalços", Promontória Monográfica, Universidade do Algarve: Departamento de Artes e Humanidades. Ordem dos Carmelitas Descalços. 11, 2015.

Multimédia

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