SALEIRO (?) (PAR)

• Museu: Museu dos Biscainhos
• Nº de Inventário: 4714 (a, b) MB.
• Super Categoria: Arte
• Categoria: Metais
• Autor: Autor desconhecido (-)
• Dimensões (cm): Alt. 9 x Larg. 10,1
• Descrição: PAR DE SALEIROS (?) em liga de estanho, que apresenta base circular alteada com modelação de folhas de acanto (?) radiantes, haste antropomórfica representando um menino desnudo, sentado em tamborete de secção circular, que levanta os braços e inclina ligeiramente a cabeça em sugestão de atlante, dando sustentabilidade a grande taça em formato de concha que constituiria o recipiente para o sal, observando-se ornato de enrolamento, repetido, em incisão, na charneira que é a zona de união das valvas. Cada peça é constituída por duas partes, a base e a haste com a concha, que são unificadas através de eixo na forma de vara metálica em ferro (?) que percorre o centro das mesmas, sendo fixado na base pelo aperto de pequena placa na mesma matéria de recorte quadrangular. Glossário| Saleiro| "O saleiro é um dos objetos mais curiosos e que talvez tenha mais história entre todas as peças de uso doméstico. A presença dum saleiro numa mesa revelava antigamente, não só a importância, como também o luxo em que vivia o dono da casa. Era na mesa principal que se colocova o saleiro grande, peça por vezes de tamanho monumental. Talvez este costume fosse consequência do valor do sal na antiguidade, pois foi moeda no tempo dos romanos, elemento preponderante na liturgia cristã e mais tarde mercadoria de grande valor entre os povos africanos. O sal era também considerado remédio eficaz contra os «maus-olhados e espíritos malignos» e daí resultou a superstição da má sorte que trazia a quem o entornasse.(...) Num fresco que me foi dado observar no Museu de Guimarães, verifiquei a presença dum saleiro como único ornamento da mesa dum nobre." In VAN ZELLER, Rolando (1985). «Estanhos Portugueses", p. 137 (vide p.f. o campo Bibliografia)
• Incorporação: Proveniente do Museu de Etnologia do Porto.