Descrição: Estatueta de mangusto sobre plinto oco de arestas arredondadas, aberto nas extremidades. Apareceu relativamente tarde entre a multidão dos animais sagrados, mas o mangusto acabou por conhecer alguma popularidade a partir da Época Baixa, sendo alvo de especial veneração particularmente em Létopolis perto do vértice do Delta nilótico, na margem contrária a Heliópolis. Também conhecido pelo nome de "rato do faraó", este mamífero de focinho pontia... Ver maisgudo era apreciado porque comia cobras venenosas sendo os seus serviços benéficos tidos como acção divina. Embora não seja o caso do presente exemplar, imagens de mangustos com o disco solar na cabeça eram oferecidos com ex-votos. Aparecem múmias de mangustos, se bem que não atinjam o elevado número dos despojos mumificados de gatos, falcões, íbis, macacos e pequenos crocodilos, entre outros, porque o número de mangustos não era, em comparação com as espécies mencionadas, significativo da fauna nilótica. Parece ser a miniaturização das caixas-sarcófago onde se depositavam os mangustos mumificados.
Origem/Historial: Pertencente à colecção Barros e Sá acolhida no Museu Nacional da Arte Antiga na década de 80. Foi objecto de uma exposição temporária em Maio de 1984. Em Novembro de 1986 foi proposto e autorizado o depósito permanente no MNA. (L.R./O.S)
Incorporação: Transferência do Museu Nacional da Arte Antiga
Bibliografia
ARAÚJO, Luís Manuel de - Antiguidades Egípcias, vol. I. Lisboa: MNA, 1993
CATÁLOGO - da Exposição "Um gosto privado um olhar público". Lisboa: IPM/Reproscan, 1995
LURKER, Manfred - The Gods and Symbols of Ancient Egypt. An Illustrated dictionary. London: Thames and Hudson, 1980