Descrição: "Parece-nos ser uma árula (contudo sem apresentar vestígios de ter tido fóculo ou volutas de capitel) (...) que termina, na parte superior, por um recorte em semi-círculo abatido; acima e abaixo do campo epigráfico, limitando-o, observam-se um cordão duplo e um cordão simples respectivamente; a meio de cada uma das duas faces laterais, e no sentido vertical, observa-se também um cordão em relevo, de meia-cana, que se une aos referidos cordões horizontais que circundam o suporte; este encontra-se, na parte inferior, ligeiramente danificado e o campo epigráfico apresenta-se, no lado esquerdo, um tanto deteriorado, parece por "desgaste", o que no entanto não afecta a leitura." (M. M. Alves Dias, 1986)
"O campo epigráfico ocupa o fuste e o texto adquiriu uma paginação com alinhamento tendencial à esquerda. Dedicatório a IVPITER OPTIMVS MAXIMVS. O teónimo é apresentado por extenso e os epitetos sob a forma de sigla. O dedicante apresenta uma onomástica paleohispânica. O formulário do texto indicia um baixo grau de latinização." (C. A. Fernandes)
IOVI / O(ptimo) . M(aximo) / AVEN(tinus?) / [A(nimo)] L(ibens) V(otum) P(osuit) //
Tradução:
"A Júpiter Óptimo (e) Máximo. Aventino (?) de bom grado o voto colocou."
Origem/Historial: Quintela de Azurara. "Esta inscrição é, de certo modo, associável à da Aldeia de Passos (...) e trata-se certamente da "ara votiva" recolhida no Museu de Belém (MNAE) de que Valentim da Silva, "Concelho de Mangualde (antigo concelho de Azurara de Beira)", Viseu, 1978, p.33 dá notícia." (M. M. Alves dias, 1986)
Incorporação: Doada por Francisco Tavares.
Bibliografia
DIAS, M. M. Alves - "Inscrição votiva da Quintela de Azurara, Mangualde", in Ficheiro Epigráfico (Supl. de Conimbriga), 20. Coimbra: 1986
RIBEIRO, José Cardim (Coord) - Religiões da Lusitânia, Loquuntur saxa. Lisboa: IPM, 2002
SILVA, Valentim da - Concelho de Mangualde (antigo concelho de Azurara da Beira). Viseu: 1978
VASCONCELOS, José Leite de - "Acquisições do Museu Ethnológico Português", O Arqueólogo Português, vol. IX. Lisboa: 1904