Cristo

• Museu: Museu Nacional Frei Manuel do Cenáculo
• Nº de Inventário: ME 1738
• Super Categoria: Arte
• Categoria: Escultura
• Autor: Autor desconhecido (-)
• Datação: Século 16
• Dimensões (cm): Alt. 159 x Larg. 51 x Prof. 29
• Descrição: Imagem de Cristo, de vulto completo, com a cabeça ligeiramente inclinada para o lado esquerdo, cabelo comprido, barba ondulada, com um manto que deixa os ombros e o peito descoberto, com as chagas visíveis.
• Origem/Historial: Cristo, estátua considerada como obra de transição entre os séculos XIV e XV, deve ter sido concebida originariamente para os retábulos do Convento de São Domingos (extinto em 1838) celebrizados pelo primor e riquezas das espécies que possuiam. Segundo Túlio Espanca esta escultura refere-se à Aparição de Cristo à Virgem, outros autores acrescentam a hipótese de representar a Aparição a Santa Maria Madalena. A escultura situa-se numa época pioneira pois estabelece uma harmoniosa transição do Gótico tardio para o Renascimento, já então em plena afirmação no território português. Por isso possui um tratamento plástico dos panejamentos e uma anatomia ligados às correntes tradicionais, a par de uma elegância e serenidade na atitude já próprias do Naturalismo moderno, constituindo assim um exemplo de maior perfeição técnica. Esta estátua surgiu de acordo com outras obras gravadas e esculpidas na mesma altura, como a Aparição de Cristo a Maria Madalena realizada para um altar lateral da Igreja do Convento de São Francisco pela oficina de Francisco Henriques e também a gravura a buril de Martin Schongauer apresentando a Aparição a Maria Madalena. Esta peça esteve em processo de restauro no Instituto José Figueredo, desde 1991 até 1993.
• Incorporação: Desconhecido