Lâmina ovóide

• Museu: Museu Nacional de Arqueologia
• Nº de Inventário: 986.100.575
• Super Categoria: Arqueologia
• Categoria: Utensílios líticos e sub-produtos de talhe
• Autor: Autor desconhecido (-)
• Técnica: Talhe e retoque
• Dimensões (cm): Comp. 5,7 x Larg. 2.5 x Esp. 0,65
• Descrição: Lâmina ovóide ou "foicinha" elaborada sobre lasca de sílex com pré-aquecimento ou tratamento térmico prévio. A peça mostra uma forma ovóide, com os bordos laterais convexos e secção biconvexa. Mostra um talhe em ambas as faces, com especial incidência na face superior e, sobretudo, num dos bordos laterais. Alguns levantamentos podem ser fruto da sua utilização. O retoque na face superior é cobridor rasante e na face inferior é um retoque marginal rasante.
• Origem/Historial: Em 1895 Maximiliano Apollinário fez propecção arqueológica no Outeiro de S. Mamede, no qual recolheu algumas peças que deram então entrada no Museu (VASCONCELOS, 1895,220). Posteriormente Bernardo de Sá, funcionário do Museu, sob a direcção de Leite de Vasconcelos prossegui os trabalhos de escavalção, nos anos de 1903 a 1906, reconhecendo algumas muralhas e um fundo de cabana. Os materiais destas campanhas arqueológicas deram entrada no acervo do Museu. O cabeço em que se encontra a estação é formado, segundo Georges Zbysewesky, por um afloramento de calcários dolomíticos do Infralias. Os achados arqueológicos situam-se no ponto mais alto do cabeço, sendo defendido por duas escarpas naturais que serviriam de protecção aos habitantes do povoado, para além desta defesa natural existem ainda vestigios de dois muros de pedra solta, um ao Sul e outro a Norte do povoado. A estatigrafia seria composta por uma acumulação de 1,5m de espessura de terra antes da rocha de base, os materiais arqueológicos surgiram apenas no último metro. Mais recentemente o povoado foi alvo de novas investigações, nomeadamente escavação em 1997, 2001 e 2002 pelo arqueólogo João Ludgero Marques Gonçalves.
• Incorporação: Mandato legal. Escavações do MNA