Ara funerária de Caio António Flavínio, lanceiro da 2ª legião Augusta

• Museu: Museu Nacional Frei Manuel do Cenáculo
• Nº de Inventário: ME 1838
• Super Categoria: Arqueologia
• Categoria: Epigrafia
• Autor: Autor desconhecido (-)
• Datação: 1533/1553
• Dimensões (cm): Alt. 79 x Larg. 56 x Esp. 41
• Descrição: Ara em mármore, trabalhada nas quatro faces. Do lado esquerdo uma pátera em relevo, com rosáceas a meio; do lado direito, também em relevo, um jarro para a direita. A inscrição ocupa oito linhas, em caracteres do tipo monumental quadrado.
• Origem/Historial: CIL 115 Segundo Resende (1553) veio do sítio da Mesquita, na estrada de Monsaraz, tendo sido encontrada na sequência de trabalhos agrícolas. Em 1797 foi vista por Murphy na parede dos antigos Paços do Concelho de Évora, na Praça do Giraldo. É um dos monumentos "falsificados" por André de Resende, seguramente o mais bem conseguido de todos. Apesar da semelhança com monumentos autênticos, são várias as razões para o considerar uma falsificação: inclui expressões eruditas não atestadas epigraficamente; utiliza abreviaturas, frases e palavras do domínio literário e ainda pelo facto de os séxviros se recrutarem entre os libertos, enquanto que os flavinos se identificam como homens livres. O formulário alusivo aos prémios pode ter sido copiado de um passo de Vegécio (Encarnação, 1984). Hubner (1869) sugere a hipótese de Resende ter forjado o texto a partir de um outro conhecido (em CIL V, 4365). Do ponto de vista formal, quase tudo está correcto, no entanto é uma ara mas tem uma forte conotação honorífica e a molduração não obedece à estética habitual. André de Resende preocupou-se até em mandar gravar os elementos ligados ao culto dos mortos entre os romanos, o jarro e a pátera, embora neste caso nos lados errados (geralmente o jarro está no lado esquerdo e a pátera no direito).
• Incorporação: Biblioteca Pública de Évora