Ara funerária de Silvano, escravo

• Museu: Museu Nacional Frei Manuel do Cenáculo
• Nº de Inventário: ME 1708
• Super Categoria: Arqueologia
• Categoria: Epigrafia
• Autor: Autor desconhecido (-)
• Datação: 201/220
• Dimensões (cm): Alt. 70 x Larg. 41 x Esp. 28
• Descrição: Ara funerária em mármore (tipo Ruivina clara de Rio de Moinhos) trabalhada nas quatro faces. Sobre a cornija, plinto com frontão triangular (marcado por dois sulcos paralelos) em cujo remate se situa o fóculo no sentido longitudinal. Lateralmente, em baixo relevo, os dois toros de corda a meio. Na face lateral esquerda, jarro em relevo: para a direita, boca larga triangular, gargalo estreito, asa quase vertical aflorando o bojo losangular, pé estreito com nódulo e base pequena (22,5 x 11). Na face lateral direita, pátera de cabo para baixo, com uma pomba esculpida no centro, voltada para o lado da frente (pátera: 23 x 16; pomba: 7 x 11). O fuste separa-se do soco da base por duas molduras sucessivas do tipo gola reversa. Paginação com tendência para o eixo de simetria; má distribuição do texto no sentido da altura, obrigando a caracteres muito pequenos na última linha. Pontuação triangular. Caracteres actuários de traçado e ducto bastante irregular. Texto ocupa 7 linhas. Altura das letras: linha 1, 3,5cm; l.2 e 3, 2,8cm; l.4, 5 e 6, 2,5cm; l.7, 2cm.
• Origem/Historial: IRCP 435 Oferecido em 1870 à Biblioteca Pública de Évora por João de Mello Mexia. Monumento muito elegante, ímpar pela sua decoração no conjunto da epigrafia do Conventus. A pomba esculpida na pátera simboliza o defunto. Segundo Encarnação (1984), há uma má distribuição do texto no sentido da altura e a pontuação nem sempre é utilizada de maneira corrrecta. O texto denuncia ignorância de quem o gravou. 0 antropónimo Silvanus está relacionado com Silvano, deus das florestas.
• Incorporação: Biblioteca Pública de Évora