Lápide funerária de Nice

• Museu: Museu Nacional Frei Manuel do Cenáculo
• Nº de Inventário: ME 1827
• Super Categoria: Arqueologia
• Categoria: Epigrafia
• Autor: Autor desconhecido (Desconhecido)
• Datação: 80/120
• Dimensões (cm): Alt. 74 x Larg. 54 x Esp. 36
• Descrição: Bloco em mármore branco com manchas cremes (de Pardais), cuja forma original é indeterminada. Alisado de todos os lados, com a parte superior completamente deteriorada. Na parte de baixo tem moldura do tipo garganta encestada, recuada em relação ao campo epigráfico. O canto superior direito desapareceu, bem como a inscrição desde a linha 1 até à linha 6 (aproximadamente) . Na superfície que resta há um relevo, difícil de interpretar: parece a parte inferior de uma grinalda ou algo como raios (apresenta uns sulcos paralelos). A erosão e os maus tratos danificaram o campo epigráfico, dificultando a leitura. O texto ocupa catorze linhas. Caracteres actuários, bem delineados e pontuação quase inexistente: duas heras e incertezas em relação a pontos. A paginação não respeita os espaços entre as palavras, procurando apenas ocupar o espaço o melhor possível. Altura das letras: linhas 1 a 9 e 13, 3cm; linhas 10 e 11, 2,5cm; linhas 12 e 14, 2cm.
• Origem/Historial: IRCP 270 CIL 59 Pertenceu à colecção de Frei Manuel do Cenáculo, em Beja, vindo para Évora em 1868. A existência de um epitáfio em verso com esta qualidade formal (linguagem poética, métrica, em hendecassílabos) denota um considerável nível de cultura, bem como de conhecimentos da mitologia grega (os nomes são, etimologicamente, gregos e referem-se a seres da mitologia: Io é filha de Inaco e foi transformada em novilha por Jupiter). São nomes pouco frequentes na epigrafia peninsular, geralmente ligados a meios de libertos (neste caso, talvez gente ligada ao teatro ou gramáticos).
• Incorporação: Biblioteca Pública de Évora