Cabeção com bridão solidário e cisgola de Arreio de montada de Cavalaria, marroquino

  • Museu: Museu Nacional dos Coches
  • Nº de Inventário: A 1611
  • Super Categoria: Arte
  • Categoria: Meios de transporte
  • Autor: Autor desconhecido (-)
  • Datação: 1878
  • Técnica: Ferro forjado, martelado e dourado.
  • Dimensões (cm): Comp. 277 x Alt. 21,5
  • Descrição: Cabeção incompleto, constituído por cabeçada simples sem cisgola e com correia de mão em couro revestido a seda carmesim, sendo aquela decorada com motivos geométricos bordados a ouro. Na focinheira, o padrão decorativo é formado por quatro losangos contidos que marcam o centro de um hexágono irregular, preenchido por pequenos losangos pontuados a cheio. O bordado ocupa o terço central da correia. Nas faceiras, a decoração adquire contornos de friso contínuo, interrompido apenas na zona da cachaceira por um hexágono irregular., idêntico ao acima descrito, mas cujo único losango central é vazado, desenhando um florão. O motivo decorativo que compõe o friso integra dois losangos centrais contidos (o menor preenchido por quatro outros, a cheio), limitados longitudinalmente por dois rectângulos que servem de suporte ao mesmo número de flores estilizadas e contrapostas. este motivo repete-se quatro vezes, duas em cada faceira. A correia de mão mais não é do que um espesso cordão de seda carmesim entrançada, bifurcado na extremidade superior para fixação ao bridão e rematado por borlas monocromáticas, formando ziguezagues. As borlas superiores são anelares, de secção plano-convexa, situando-se uma delas no ponto de bifurcação da correia; a outra faz parte do sistema de preensão, que inclui ainda uma passadeira monocromática, passando por entre os dois cordões mais finos. Da borla inferior, periforme, fluem quatro cordões delgados e franjados. As faceiras e a focinheira ligam-se a dois tornéis (51 mm de diâmetro) em ferro dourado, que também sustentam o bridão. Este, possui cãimbas (travincas) de secção plano-convexa, dominadas por um losango central vazado e ornamentadas na face externa com dois frisos entrelaçados, incisos e sulcados de negro. O bocado é composto por uma chapa trapezoidal recortada e vazada ao centro, atravessada por duas argolas que estabelecem a ligação às cãimbas. Esta placa, moldurada e decorada de ambos os lados com motivos geométricos incisos, é rematada inferiormente por rebite cónico que fixa a argola à correia de mão. Contrariamente às restantes, esta argola é martelada e possui um prolongamento rectangular, cujo comprimento é aproximado ao do rebite do bocado.
  • Origem/Historial: Este cabeção faz parte de um conjunto de arreios oferecidos em 1878 ao rei D. Luís I pelo Embaixador Bachá Sid Benhima, em nome do Sultão de Marrocos, Muley Hassam, os quais ajaezavam magníficos cavalos árabes. Cf. também nº invº A 166. Segundo consta, alguns dos referidos arreios foram posteriormente utilizados para ajezar os cavalos do Estado de S. Jorge, na Procissão do Corpus Christi.
  • Incorporação: Administração da extinta Casa real. Fundo Antigo do Museu.

Bibliografia

  • FREIRE, Luciano - Catálogo Descritivo e Ilustrado do Museu Nacional dos Coches. Lisboa: 1923
  • Inventário de Todos os Bens Móveis e Semoventes que Existiam no dia 31 de Janeiro de 1908 no Museu dos Coches Reais (MNC - Doc. 3618/3618-A): 31 Janeiro 1908
  • Inventário dos Objectos que são Propriedade Particular de Suas Majestades e Alteza e que Ficam Instalados no Museu Nacional dos Coches Reais, à Responsabilidade do Director do mesmo Museu (MNC - Doc. 3620). Lisboa: 3 Set. 1908
  • KEIL, Luís - Catálogo do Museu Nacional dos Coches, 1943. Lisboa: 1943

Multimédia

  • 3991.JPG

    Imagem
  • 3992.JPG

    Imagem
  • 3993.JPG

    Imagem