Espora de arreio de montada

  • Museu: Museu Nacional dos Coches
  • Nº de Inventário: A 0975
  • Super Categoria: Arte
  • Categoria: Meios de transporte
  • Autor: Autor desconhecido (-)
  • Datação: 1850/1875
  • Técnica: Latão fundido em molde, soldado e vazado; ferro martelado e recortado.
  • Dimensões (cm): Comp. 27 x Alt. 7,5 x Larg. 9 x Diâm. 6,7-7,5
  • Descrição: Par de esporas compostas por arco, florão e pua em latão e roseta em ferro. O arco, contracurvado, é decorado com motivos fitomórficos incisos e muito estilizados, com excepção das extremidades que apresentam uma composição de aletas relevadas. O florão, localizado entre o arco e a pua, é de grandes dimensões (70 mm), constituindo-se por oito pétalas puncionadas e reviradas nas pontas, ligadas entre si por segmentos de arco. A pua, larga e alongada, é vazada e decorada com motivos vegetalistas relevados; termina num florão circular por onde passa o eixo da roseta em ferro. Esta, tem a forma de disco vazado no interior, com pontas de dois tamanhos alternados.
  • Origem/Historial: Embora estas peças tenham já sido conotadas com o estilo Luís XIV, o tipo de decoração, dimensões e, acima de tudo, o peso das mesmas, indicam tratar-se de esporas de fabrico mexicano. Efectivamente, as esporas mexicanas apresentam invariavelmente, um amplo florão localizado entre a pua e os arcos, sendo a roseta vazada de modo a que a peça fique mais leve. Outra característica destas esporas prende-se com a abertura ou recorte interno da pua, a qual concilia as vertentes decorativa e utilitária, reduzindo o peso global da peça. Quanto à roseta giratória, é sempre larga e denteada, com as pontas bastante pronunciadas. Não obstante a evolução sofrida pelas esporas ao longo dos tempos, esta "inovação" mexicana chegou até ao século XX, tendo mesmo sido adopatda pelos "cowboys" americanos. A existirem - como frequentemente se preconiza - influências árabes nas esporas mexicanas, estas fazem-se sobretudo sentir a nível do florão e terão sido veiculadas pelos espanhóis, que criaram profundas raízes no Novo Mundo.
  • Incorporação: Leilão.

Bibliografia

  • MACEDO, Silvana Costa - Museu Nacional dos Coches - Roteiro, 2ª ed.. Lisboa: IPPC, 1989

Multimédia

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