Lança de roca para torneio

• Museu: Museu Nacional dos Coches
• Nº de Inventário: A 2185
• Super Categoria: Arte
• Categoria: Meios de transporte
• Autor: Autor desconhecido (-)
• Datação: 1750/1775
• Técnica: Madeira entalhada, dourada e policromada; ferro pudelado (vulgo aço).
• Dimensões (cm): Alt. 191
• Descrição: Lança constituída por longa haste em madeira, de secção circular, rematada por cúspide metálica, com punho e guarda em talha dourada. A haste, de fundo dourado, é decorada com pequenos motivos florais pintados em tons de vermelho e verde que se desenvolvem em espiral. A guarda assemelha-se a uma roca e flui de uma base em forma de estrela de cinco pontas; cada uma das cinco finas placas que a comõem, de perfil contracurvado, é vazada e profusamente decorada com motivos vegetalistas, concheados e volutas, adelgaçando progressivamente da base para o topo. Nesta zona, a haste adquire secção pentagonal, voltando à forma cilíndrica entre a guarda e o punho, onde é revestida a veludo de seda carmesim. Uma franja de prata foi aplicada na base da guarda e na extremidade superior do punho periforme, que tem pintadas as armas reais portuguesas da época de D. José, entre delicados motivos fitomórficos.
• Origem/Historial: Designadas por "lança de roca" devido à forma das suas guardas, serviam em torneios e jogos equestres setecentistas, nomeadamente no "Jogo das Argolinhas". Este jogo desenrolava-se num terreiro com cerca de 60 metros de comprimento; as argolinhas (30 mm de diâmetro), suspensas de uma vara horizontal por meio de fita, eram colocadas um pouco acima da cabeça dos cavaleiros, distando entre si cerca de 2 ou 3 cm. Os cavaleiros, munidos de uma lança de roca, tinham de trespassar as argolas, arrancando-as do seu suporte.
• Incorporação: Paço Real de Queluz.