Manta de arreio de Montada à Andaluza (rural)

• Museu: Museu Nacional dos Coches
• Nº de Inventário: A 0471
• Super Categoria: Arte
• Categoria: Meios de transporte
• Autor: Autor desconhecido (-)
• Datação: 1868
• Técnica: Metal fundido em molde.
• Dimensões (cm): Alt. 80 / 98 (s/ e c/ franja) x Larg. 118 / 160 (s/ e c/ franja)
• Descrição: Manta rectangular em lã vermelha, verde, branca e castanha, debruada a cabedal negro bordado e franjado a seda e forrada a estopa. O padrão é formado por dois tipos de bandas geométricas, alternadas e intercaladas com faixas vermelhas lisas. Na primeira banda decorativa, o friso central apresenta uma sucessão de elipses vermelhas, intercaladas com meios óvulos castanhos, vazados e firmados nos flancos, sobre fundo verde. Seguem-se cinco frisos mais estreitos, dispostos simetricamente de ambos os lados e assim ordenados do centro para as extremidades: enxaquetado de verde e branco; ziguezague de vermelho sobre fundo castanho; alternância de listas vermelhas e castanhas; friso listado de verde, castanho e vermelho; gradado de branco com quadrículas verdes. Na segunda banda, o friso central repete um motivo floral estilizado, de branco e castanho escuro sobre fundo vermelho. Seguem-se, pela ordem indicada, cinco frisos estreitos: enxaquetado de verde e castanho claro; ziguezague de vermelho sobre castanho escuro; alternância de listas vermelhas e castanhas; friso listado em dois tons de castanho e vermelho; de verde, moldurado de branco e dividido em segmentos rectangulares contendo óvulos castanhos. As cercaduras laterais e inferior são divididas a meio, no sentido longitudinal por linha serpentina branca, bordada a ponto pé-de-flor. Nas reservas semcirculares assim definidas inscreve-se um motivo triangular raiado, bordado a seda branca, azul e carmesim, sobre flanela vermelha. Na cercadura superior, o bordado bicolor simplifica-se, formando friso de "S" pontilhados, com pequenas folhas dispersas. As centro da manta, uma larga tira de cabedal negro une as cercaduras superior e inferior, cujo bordado desenha losangos concêntricos a pontilhado, branco, tendo os vértices marcados por estrela de oito pontas e os lados por pequenas folhas. Sobre o losango central, uma aplicação circular em flanela vermelha, bordada a verde e branco. Na parte superior, a tira negra é cruzada por correia de couro castanho munida de argolas ovais em metal fundido, uma em cada extremidade. Nos ângulos inferiores, foi aplicado um triângulo recortado no próprio tecido e a ele sobreposto, com enchimento de algodão (?). Este, é destacado por franja de seda carmesim, idêntica à que contorna a peça, e ao centro apresenta um círculo bordado e franjado. Aqui, os fios de seda descrevem três círculos concêntricos; entre o primeiro e o segundo, o campo é preenchido com folhas verdes e brancas, intercaladas e contrapostas. Aos lados externos do triângulo foram cosidas duas tiras de estopa, revestidas no anverso a seda carmesim, aplicada segundo a técnica do tapete de nós. Estas tiras assentam sobre uma outra mais larga, de cabedal negro, que sustenta a dupla franja de seda. A primeira é curta e termina em pequenos flocos de seda amarela, e a segunda apresenta-se quebradiça e sem torção. O forro fixa-se ao suporte por meio de pespontos carmesim.
• Incorporação: Palácio das Necessidades por ordem de D. Carlos I.