Xairel (cobertura de sela) de Arreio de montada à militar, à hussardo de D. Carlos I

• Museu: Museu Nacional dos Coches
• Nº de Inventário: A 0198
• Super Categoria: Arte
• Categoria: Meios de transporte
• Autor: Autor desconhecido (-)
• Datação: 1889
• Dimensões (cm): Comp. 101 x Alt. 137,5 / 89 (c/ e s/ cauda)
• Descrição: Xairel 8cobertura de sela?) militar "à hussardo" contracurvado, formado por uma pele de leopardo inteira interrompida, ao centro, por tira de marroquim vermelho. É contornado por um folho de recorte ondulado em flanela vermelha, e possui forro de estopa de linho cru. Na metade superior apresenta três aberturas debruadas a marroquim, duas das quais ovaladas. Este tipo de xairel era usado em paradas sendo feita normalmente em pele de leopardo ou chita e seria colocado sobre o selim. A cabeça da pele, normalmente, teria uma lingua falsa e olhos de vidro e era presa ao rabicho do arreio, sendo aberto um orifício no ombro da pele para passar o cepinho e dois nos coldres. Enquanto as patas dianteiras da pele ficavam penduradas para cada um dos lados da parte posterior do cavalo, as patas traseiras ficavam presas às correias do peitoral. A cauda assentava livremente sobre o lado direito do pescoço, sendo o conjunto preso também por uma sobrecilha ornamentada. Usado pelo regimento de Cavalaria de Lanceiro 2 de D. Carlos era Coronel Honorário. O regimento de Lanceiros 2, era uma das unidades de apoio e segurança da corte, aquartelado que estava, desde a sua criação, na Calçada da Ajuda. Deveria ter um efectivo considerável para que , sempre que necessário, pudesse ser utilizado pelo governo para fazer face às perturbações de ordem interna, para além de acompanhar elementos da Casa real, sempre que se deslocavam em vistas oficiais e cerimónias de Estado. in ANDRADE , António Marcos- Morte ou Glória, História do Regimento de Lanceiros 2 1833-1974. Porto Fronteira do Caos Editores, 2013.
• Origem/Historial: O conjunto a que pertence esta peça é um arreio à hussardo oferecido ao príncipe D. Carlos, futuro D. Carlos I de Portugal, pelo insígne actor Francisco Alves da Silva Taborda, quando aquele era Alferes do Regimento de Lanceiros.
• Incorporação: Casa Real Portuguesa. Propriedade Particular da Família Real.