Carrinho de Passeio da Casa Real

• Museu: Museu Nacional dos Coches
• Nº de Inventário: V 0057
• Super Categoria: Arte
• Categoria: Meios de transporte
• Autor: Autor desconhecido (-)
• Datação: 1780/1790
• Técnica: Madeira entalhada, policromada e dourada; pintura a óleo; couro estampado; ferro forjado e dourado; veludo cortado.
• Dimensões (cm): Comp. 425 x Alt. 165 x Larg. 150 x Diâm. 120 (rodas) x Esp. 4 (rodas)
• Descrição: Carrinho de passeio do tipo "cabriolet" de duas rodas, de caixa aberta de perfil semicircular, montada sobre dois varais marginais e sustida por duas fortes correias longitudinais e paralelas que passam sob a caixa. Estas correias de suspensão, estampadas com trifólios, ligam-se a dois "crics" situados na traseira do veículo. Estes, são formados por duas rodas dentadas interligadas por cilindro horizontal, fixo à estrutura. Os painéis, de fun...
  Ver maisdo dourado, apresentam uma decoração bastante simples que se resume a uma cercadura de cariz fitomórfico e a um elemento central. No painel posterior, escudo contracurvado contendo as armas reais portuguesas assente em motivos concheados e flanqueado por palmas, ramos de carvalho e estandartes, um dos quais com o monograma régio. O todo repousa sobre um pote vertendo água e um leão (símbolo da realeza), respectivamente à direita e à esquerda. Uma cercadura fitomórfica em tons de azul, verde e rosa completa a decoração. Da moldura superior pendem quatro borlas. Nos apainelados laterais, a cercadura é menos densa, denunciando uma sensibilidade distinta da do painel traseiro; ao centro, distinguem-se pequenas ramagens e duas rosas. As rodas são constituídas por doze raios convergentes e lisos, sendo as pinas cingidas no extradorso por espesso aro de ferro munido de cavilhas ovaladas. A face externa das pinas é ornamentada com delicados motivos vegetalistas e concheados a ouro, apresentando-se a face interna livre de decoração. Do eixo do rodado fluem, no sentido descendente, dois arcos alongados em madeira, revestidos por uma fina placa metálica, que serviam de amortecedores, caso uma das rodas se soltasse. Internamente, a caixa é revestida de veludo cortado vermelho-ocre, também utilizado no revestimento da almofada do banco.

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• Origem/Historial: Primitivamente, este "cabriolet" era usado pelos membros da Família Real, no reinado de D. Maria I, em passeios pelas reais quintas de Mafra e Queluz. À semelhança dos seus congéneres, procede das Reais Cocheiras de Belém, de onde transitou, no início do século, para o Depósito I da Repartição das Reais Cavalariças, instalado no antigo Picadeiro Real de Belém. Cerca de 1904, o carro foi reparado por conta das verbas abonadas pelo M...
  Ver maisinistério da Fazenda, a fim de ser exposto no futuro Museu dos Coches Reais. Na década de 1940, foi novamente restaurado sob a direcção de Luís Keil. Esta nova campanha e restauros incidiu consistiu na beneficiação das pinturas e decorações da caixa, consolidação da talha da caixa e do rodado, bem comodo forro interno e do correame. Parte da pregaria foi também feita de novo.

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• Incorporação: Casa Real Portuguesa. Bens da Coroa.