Sege dos Óculos

• Museu: Museu Nacional dos Coches
• Nº de Inventário: V 0049
• Super Categoria: Arte
• Categoria: Meios de transporte
• Autor: Autor desconhecido (-)
• Datação: 1775/1800
• Técnica: Madeira entalhada, policromada e dourada, pintura a óleo;
• Dimensões (cm): Comp. 478 x Alt. 227 x Larg. 183
• Descrição: Sege de duas rodas, tendo a caixa decorada com festões, grinaldas e carrancas sobre fundo verde claro, ao gosto neoclássico. Esta fecha no alçado dianteiro por meio de duas cortinas de couro negro, munidas de uma vidraça oval em moldura metálica. Nos alçados laterais rasgam-se janelas de perfil rectangular, e no espaldar, um óculo de influência inglesa. Jogo e o rodado foram pintados de vermelho, com ressaltos a ouro. As rodas, de grandes dimensões, permitiam à viatura adquirir rapidamente velocidade, estando interligadas pelo eixo com cambotas. O tejadilho, arqueado e igualmente revestido a couro, é sobrepujado nos ângulos por quatro terminais volumétricos em metal maciço, que se assemelha, a cogulhos. Interiormente, a caixa é revestida a seda, com os espaldares e as almofadas de marroquim. Este tipo de sege tinha como vantagens, facilidade de deslocação, maior velocidade, possibilidade de viajar incógnito, fechando as cortinas de couro, dispensando o boleeiro e sendo o próprio a conduzir. Viatura semelhante àquela em que o rei D. José I sofreu o atentado em 1759. A utilização deste tipo de viatura tornou-se popular e deixou de ser exclusiva da nobreza.
• Origem/Historial: Viatura particular conduzida por boleeiro, do mesmo tipo dos carros de aluguer em voga até ao século XIX. Foi retirada de exposição do edifício de Belém por Maria José Mendonça, em 1963, tendo então transitado para o depósito da Rua da Costa (Lisboa) e, mais tarde, para o Paço Ducal de Vila Viçosa onde actualmente se encontra. É em tudo idêntica à sege nº invº 50, da qual difere pelo facto de não possuir qualquer elemento heráldico identificativo do seu proprietário.
• Incorporação: Anastácio Fernandes.