Descrição: Freio à portuguesa para cavalaria pintada de preto.
As caimbas de afirmar (direitas), são decoradas com recortes e entalhes sendo a secção variável. Na parte superior ( guarda faceira) a peça é plana existindo duas aberturas, uma ( arco da guarda faceira) no cimo em forma de rim (na horizontal) para fixação da cabeçada e barbelas, e outra a meio em forma de D ( arco do olho do freio) : para fixação de rédeas (na parte curva) e servindo de eix... Ver maiso à embocadura móvel (na parte recta). É decorada na parte plana com rectas incisas paralelas. A parte inferior da caimba é decorada com pequenas incisões geométricas . Na parte final da caimba esta bifurca-se criando uma argola em forma de gota ( tornel) . Nesta não só se poderiam prender as rédeas como, um furo na parte inferior serve para um eixo (prego com volta fechada na parte inferior) que prende argolas circulares onde as rédeas poderiam igualmente ser presas. No ponto onde a caimba se bifurca e noutro ponto acima deste, encontram-se presas correntes de argolas duplas.
Embocadura com arco de montada articulado e móvel em "canhão simples" ("simple canon" segundo gravura no livro "Ecole de Cavalerie", de M. De La Gueriniere, 1733, reedição: Grenoble, Editions des 4 Seigneurs, 1973, biblioteca do museu, p. 32-33)ou como se diria em Portugal segundo Manoel Carlos de Andrade na Luz da Liberal e Nobre Arte da Cavalaria, Lisboa, Regia Officina Typografica, 1790, p 164, embocadura de canhões.
Numa das caimbas tem gravado um R.
Não tem copos de olhos de freio, nem furação para a sua prisão.
Tem a barbela de anéis em oito, torcidos, barbela de esses, na parte superior.
Peça muito tosca e apresentando muito uso.