Freio de arreio de montada de cavalaria

• Museu: Museu Nacional dos Coches
• Nº de Inventário: A 1104
• Super Categoria: Arte
• Categoria: Meios de transporte
• Autor: Autor desconhecido (-)
• Datação: Século 19
• Dimensões (cm): Alt. 22.5 x Larg. 15.5 x Esp. 7.5
• Descrição: Freio à inglesa para cavalaria em aço. As caimbas arqueadas, direitas na parte superior, e contracurvadas, ou em S, a partir do encaixe com a embocadura (desenhando dois grandes arcos) são de secção variável. A caimba termina superiormente numa forma triangular invertida, com duas aberturas, uma rectangular para fixação da cabeçada e uma pequena furação de onde pende um gancho para a barbela. O ponto de união da embocadura com as caimbas, não só marca a divisão da parte superior recta destas da parte inferior contracurvada, como é igualmente ponto de começo de uma parte plana (aparentemente a continuação inferior das parte recta das caimbas e da curva do arco) em forma de T invertido (a forma aparenta-se com a de uma cauda de um golfinho). Ao contrário de outros freios similares esta peça não encerra para prisão das rédeas mas a forma da mesma não permite a saída acidental destas. Nesta zona prendem-se os copos dos olhos do freio. Na parte inferior da caimba, esta bifurca-se criando assim uma argola de forma irregular (aproximadamente uma gota). Na parte posterior desta argola a secção circular é achatada criando espaço para a criação de um furo, longitudinal à caimba, que serve de eixo a uma peça (argola na parte exterior, e cabeça/espigão trabalhada segundo uma forma de revolução com diferentes partes convexas no interior). Da parte exterior desta peça (pequena argola) pende uma argola de diâmetro superior, paralela ao plano da caimba para fixação das rédeas. Uma pequena peça similar à que prende as argolas (mas a cabeça/espigão neste caso é uma piramide octogonal) inserida numa furação existente na metade superior das aberturas inferiores das caimbas (em forma de uma pequena flor de oito pétalas), serve para prender na parte interior uma "barbela" unindo as caimbas. Em cada caimba, abaixo do ponto de inflexão das curvas, existe uma flor estilizada de quatro pétalas entalhada e gravada (criando 2 furos em forma de 8) de onde outro espigão (piramide octogonal) sai; outros apontamentos decorativos são: a mencionada cabeça dos eixos das argolas e barbelas inferiores (similares a pequenos espigões) além da forma mais rebuscada (cauda) da caimba. Os copos dos olhos são peças de latão ornamentados com classicista panóplia militar (canhões, lanças, elmo, bandeiras, coroa de louros e balas sobre um cesto) numa forma contracurvada simétrica, enmoldurada com duas caneluras simples, que na zona superior criam um elo de onde pende a coroa de louros. A peça é rematada nas extremidades superior e inferior com a representação de cúpolas de gomos terminadas com uma pequena esfera. A embocadura é fixa e tem um arco da montada muito pronunciado. Tem os ganchos para prisão da barbela nas aberturas superiores, mas falta a barbela.
• Incorporação: Admnistração da extinta Casa Real, fundo antigo do Museu