Descrição: Prato rodado, pintado em azul e manganês de grande fogo e aba de aranhões. Tem como motivo central, inscrito em medalhão circular, uma figura oriental, envolta em paisagem exótica.
Os “aranhões” são representações muito estilizadas, entre outras, do “rolo de pintura”, símbolo chinês dos letrados e da folha de artemisa, planta de bom augúrio, ambos com os respectivos cordões envolventes.
Embora surjam a decorar outras formas, foi nas abas dos pratos que foram correntemente usados, alternando com pares de pêssegos, símbolo chinês da longevidade e da imortalidade.
Origem/Historial: Relativamente ao possuidor original cita-se Teixeira de Carvalho, que em “Cerâmica Coimbrã No Século XVI” p. 218, refere:
“Do Mosteiro do Lorvão saíram os primeiros exemplares para as colecções de D. Fernando (II) e de lá vieram também outros que levou para Lisboa o Marquês de Sousa Holstein, todos os meus (Teixeira de Carvalho) e todos os que eram propriedade do Instituto ( Museu do Instituto de Coimbra), alguns dos quais se conservam no Museu Machado de Castro”.
Naturalmente que a maioria dos exemplares da colecção de A. A. Gonçalves seriam de igual proveniência.
Incorporação: Teixeira de Carvalho
Centro de Fabrico: Lisboa
Bibliografia
A Influência Oriental na Cerâmica Portuguesa do Século XVII. Lisboa: Museu Nacional do Azulejo, 1994
Cerâmica portuguesa do século XVI ao Século XX (cat. exp.). Genéve, Lisboa: Museu Nac. do Azulejo, Musées dÁrt et d´Histoire Genéve, Novembro, 2004
SANTOS, Reynaldo dos - Faiança Portuguesa,séculos XVI e XVII. Lisboa: 1960
Exposições
Cerâmica Portuguesa do século XVI ao século XX
Museu Ariana, Genebra
1/11/2004 a 31/3/2005
Exposição Física
A influência Oriental na Cerâmica Portuguesa do Século XVII