Garrafa antropomórfica

• Museu: Museu Nacional de Machado de Castro
• Nº de Inventário: 9438;C887
• Super Categoria: Arte
• Categoria: Cerâmica
• Autor: Autor desconhecido (Oleiro)
• Datação: 1784/1816
• Técnica: Faiança
• Dimensões (cm): Alt. 31 x Larg. 12
• Descrição: Peça moldada. Pintura policroma. Figura feminina sobre plinto quase circular. Traja à moda dos últimos anos do século XVIII- vestido comprido leve, com corpete subido e decote elevado, com ramo de flores, acentuado por faixa de fivela. Penteado de caracóis em "serpentes", caindo pelos ombros, preso na nuca por faixa larga. Tampa em turbante, com laços, plumas ,fitas e jóias. Na mão direita, junto ao peito, um leque fechado. À sua esquerda um pequeno cão, com a pata dianteira direita erguida. Vestido decorado por filetes interrompidos marcando faixas, alternando flores e três diferentes motivos de folhagem. Pé, cão, leque, cinto, flor no decote, lábios, olhos sobrancelhas, cabelos e elementos decorativos do turbante com relevos acentuados. Plinto realçado lateralmente por filete. Ao que se julga, as garrafas antropomórficas serão de inspiração portuguesa, sendo os primeiros exemplares originais da Fábrica do Rossio de Santa Clara, de Coimbra e posteriormente, na Fábrica do Rato, por intermédio da Alexandre Vandelli, filho do fundador da fábrica de Coimbra. A fonte de inspiração foram os cangirões ingleses "Toby Jugs", cujo exemplar mais antigo teria sido modelado por Aaron Wood (1717-1785), da família Wood, que teve papel fundamental no desenvolvimento das louças de Staffordshire. "Serviam como contentores utilitários para bebidas comuns ou tintas, tendo existido, paralelamente, uma indústria de produção de "novidades" para bebidas espirituosas, ou mesmo perfumes".
• Incorporação: Teixeira de Carvalho
• Centro de Fabrico: Coimbra