COLAR DA RAINHA SANTA

• Museu: Museu Nacional de Machado de Castro
• Nº de Inventário: 6037;O8
• Super Categoria: Arte
• Categoria: Ourivesaria
• Autor: Autor desconhecido (Ourives)
• Datação: Século 14
• Técnica: Relevado, inciso e vazado. Pedras engastadas por virola.
• Dimensões (cm): Comp. 43,6
• Descrição: Colar composto por oito placas polilobadas, articuladas entre si por duas cadeias paralelas, onde podemos encontrar nove pérolas barrocas agrupadas três a três. As placas, de perímetro polilobado, são formadas por oito ovados, vazados, dispostos em círculo com o centro a cheio. O centro de cada placa e de cada lóbulo apresentam pequenos orifícios para encaixe dos engastes dos cabochões. Nos lóbulos faltam vinte e dois engastes e onze não têm pedra- nas placas falta uma. As gemas do centro das placas (três safiras, um vidro, um vidro doublé e dois topázios imperiais) são envoltos por virola, circundadas na base por leve grânulos dispostos em coroa e quatro garras. As pedras dos lóbulos (treze rubis, treze esmeraldas e um vidro) são de menores dimensões, com engaste troncocónico, também circundadas na base por leves grânulos em coroa.
• Origem/Historial: * Forma de Protecção: classificação; Nível de Classificação: interesse nacional; Motivo: Necessidade de acautelamento de especiais medidas sobre o património cultural móvel de particular relevância para a Nação, designadamente os bens ou conjuntos de bens sobre os quais devam recair severas restrições de circulação no território nacional e internacional, nos termos da lei nº 107/2001, de 8 de Setembro e da respectiva legislação de desenvolvimento, devido ao facto da sua exemplaridade única, raridade, valor testemunhal de cultura ou civilização, relevância patrimonial e qualidade artística no contexto de uma época e estado de conservação que torne imprescindível a sua permanência em condições ambientais e de segurança específicas e adequadas; Legislação aplicável: Lei nº 107/2001, de 8 de Setembro; Acto Legislativo: Decreto; Nº 19/2006; 18/07/2006* "Fazendo parte dos objectos de ourivesaria doados pela rainha D. Isabel de Aragão ao Mosteiro de Santa Clara-a-Velha de Coimbra, este colar é uma peça rara de joalharia medieval portuguesa porque deverá tratar-se de um objeco de uso laico. Está danificado e talvez incompleto porque, segundo Nogueira Gonçalves, as mulheres doentes, principalmente as parturientes o colocavam ao pescoço crendo nas suas virtudes propiciatórias". In Lúcia Maria Cardoso Rosas, "Nos Confins da Idade Média", Porto, 1992, p. 241, nº. 16.
• Incorporação: Conventos extintos.Mosteiro de Santa Clara de Coimbra