Marte e Vénus surpreendidos por Vulcano

• Museu: Museu Nacional de Machado de Castro
• Nº de Inventário: 6050;T774
• Super Categoria: Arte
• Categoria: Têxteis
• Autor: Autor desconhecido (-)
• Datação: 1530/1550
• Técnica: Teia, trama e felpa de fios de lã e seda matizados
• Dimensões (cm): Comp. 405 x Alt. 360
• Descrição: Tapeçaria flamenga com a representação de um episódio das "Metamorfoses" de Ovídio (livro IV), em que Vulcano prende numa cadeia forjada por si, Vénus e Marte, de modo a serem expostos aos deuses do Olimpo. No centro da composição encontra-se Vénus e Marte abraçados e sentados, enquadrados por um pano azul que pende de duas frondosas árvores. Por detrás de uma das árvores surge Vulcano segurando a corrente numa das mãos que encerra os amantes, enquanto na outra agarra um martelo. O casco emplumado, o escudo e a espada do deus da guerra estão por terra. Sobre o escudo repousa tranquilamente Cupido. Mais distante, um homem conduz o cavalo de Marte e o horizonte é iluminado pelo sol nascente. Um galo está num do galhos de uma árvore, alusão à metamorfose de Alectrion. O fundo da cena é embelezado por perspectivas de paisagem natural, pontuada com algumas arquitecturas. Envolve o campo da tapeçaria uma barra larga, ornamentada com variados molhos de frutos e flores, distribuídas sobre um tronco de árvore. Na orla inferior azul estão impressas duas marcas brancas, referentes a um atelier de Bruxelas não identificado. Com predomínio do dourado, a peça é enriquecida ainda por tonalidades de azul, verde e vermelhos rosados.
• Incorporação: Sé de Coimbra
• Centro de Fabrico: Bruxelas