"2ª Donzela"

  • Museu: Museu Nacional do Teatro e da Dança
  • Nº de Inventário: MNT 135554
  • Super Categoria: Arte
  • Categoria: Traje
  • Autor: Barbosa, José (Figurinista)
  • Datação: 1953
  • Técnica: Tafetá; estamparia; sarja.
  • Dimensões (cm): Alt. . x Larg. .
  • Descrição: Vestido de algodão rosa com flores estampadas, com saia sobreposta de lã rosa. O vestido e decorado na frente e nas costas com tecido de algodão rosa. Chapéu de seda riscada azul e rosa, em parte coberto de seda branca. Véu de seda branca. Vestido da personagem "2ª Donzela" (Vanda Maria) para a peça "Arremedilho de Guimarães", pelo Teatro do Povo, levada à cena já na 2ª fase da Companhia (1952-1955). Trata-se de uma evocação medieval segundo os cancioneiros Galaico-Portugueses, composto por Francisco Lage, António Lopes Ribeiro e Francisco Ribeiro. Encenação de Francisco Ribeiro, maestro-director de Frederico de Freitas e figurinos de José Barbosa. Interpretações de Ruy de Carvalho, Canto e Castro, Armando Cortez, Carlos Duarte, Isabel de CarvalhoMaria José, Vanda Maria, Fernanda Montemor, Guilherme Kjölner, Joaquim Rosa, Maria Albergaria, Laura Lima e Paulo Renato.Estreia no Paço dos Duques, em Guimarães, no dia 23 de Junho de 1953 durante as festas de celebração da fundação de Guimarães e do centenário da sua elevação a cidade. A companhia itinerante Teatro do Povo, dirigida por Francisco Ribeiro (Ribeirinho) e criada por António Ferro em 1936, foi pensada como um veículo de propaganda da "política do espírito" aos meios rurais, apresentando peças com linguagem simples que procuram transmitir principalmente valores "morais" e políticos do Estado Novo e não tanto uma mensagem artística. O repertório de pouca qualidade leva à extinção gradual da companhia no início da década de 40, o que leva Francisco Ribeiro a sair para formar "Os Comediantes e Lisboa". O cargo de director do Teatro do Povo foi sucessivamente entregue a Alfredo Ruas, a Joaquim de Oliveira e a Alberto Ghira. Em 1952 o SNI decide fazer renascer a Companhia e convida novamente Francisco Ribeiro para a dirigir. Nesta segunda fase, que dura até à sua transformação em Teatro Nacional Popular (TNP) no ano de 1955, o reportório é constituído por autores clássicos maioritariamente portugueses, onde a companhia se apresenta em espectáculos ricos em termos de encenação e desenhos teatrais.
  • Origem/Historial: A peça, tendo constituído propriedade do SNI, a entidade estatal responsável pela criação da Companhia Teatro do Povo, viria a ser incorporada na Inspecção Geral dos Espectáculos, com a extinção do SNI (em 1968 passa a SEIT, sendo este último extinto em 1974) e da própria Companhia (em 1955). Por fim, a Inspecção Geral dos Espectáculos doaria toda a colecção de trajes ao Museu Nacional do Teatro.
  • Incorporação: Doado por Direcção Geral dos Espectáculos e do Direito de Autor.

Bibliografia

  • MUSEU NAC., Teatro - O Grande Teatro do Mundo ou os classicos em Lisboa. Lisboa: Electa, 1994
  • SANTOS, Graça dos - O Espectáculo Desvirtuado. O teatro português sob o reinado de Salazar (1933-1968). Lisboa: Caminho, 2004

Exposições

  • O Grande teatro do mundo ou Os classicos em Lisboa

    • MNT
    • Exposição Física

Multimédia

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