Descrição: Figurino para "D. Lúcia" (Maria José) da peça de Almeida Garrett, "O Tio Simplício" e levada à cena pelo Teatro do Povo em 1954
Figurino feminino com vestido amarelo claro, com grande gola recortada, mangas de balão e punhos justos amarelos e verdes, iguais à barra da saia.
Origem/Historial: TIO SIMPLÍCIO
Um original de Almeida Garrett, levada à cena pelo Teatro do Povo a partir de 1954 e a partir de 1958 pelo Teatro Nacional Popular. Encenação de Francisco Ribeiro (Ribeirinho) e figurinos de José Barbosa. Fizeram parte do elenco inicial os seguintes atores: Costa Ferreira (Simplício); Vanda Maria (Cândida); Carlos Duarte (Luis); Maria Albergaria (mãe de Cândida); Canto e Castro (Dr. Simões); Maria José (Lúcia, prima de Cândida) e outros.
A companhia itinerante Teatro do Povo, dirigida por Francisco Ribeiro (Ribeirinho) e criada por António Ferro em 1936, foi pensada como um veículo de propaganda da "política do espírito" aos meios rurais, apresentando peças com linguagem simples que procuram transmitir principalmente valores "morais" e políticos do Estado Novo e não tanto uma mensagem artística. O repertório de pouca qualidade leva à extinção gradual da companhia no início da década de 40, e Francisco Ribeiro sai para formar "Os Comediantes e Lisboa". O cargo de director do Teatro do Povo foi sucessivamente entregue a Alfredo Ruas, a Joaquim de Oliveira e a Alberto Ghira. Em 1952 o SNI decide fazer renascer a Companhia e convida novamente Francisco Ribeiro para a dirigir. Nesta segunda fase, que dura até à sua transformação em Teatro Nacional Popular (TNP) no ano de 1955, o reportório é constituído por autores clássicos maioritariamente portugueses, onde a companhia se apresenta em espectáculos ricos em termos de encenação e desenhos teatrais.
Incorporação: Margarida Saldanha Carreira
Bibliografia
MUSEU NAC., Teatro - O Grande Teatro do Mundo ou os classicos em Lisboa. Lisboa: Electa, 1994
Programa do Teatro do Povo
Exposições
O Grande teatro do mundo ou Os classicos em Lisboa