"Mulher da Nazaré" ("Nazaré")

• Museu: Museu Nacional do Teatro e da Dança
• Nº de Inventário: MNTD 58299
• Super Categoria: Arte
• Categoria: Traje
• Autor: Barbosa, José (Figurinista)
• Datação: 1948
• Técnica: Tafetá; sarja; bordado; malha.
• Descrição: Traje para "Mulher da Nazaré" do bailado "Nazaré" pela Companhia de Bailados Portugueses Verde Gaio no Teatro Nacional de São Carlos em 1948. Argumento e Coreografia de Francis. Música de Frederico de Freitas. Cenário e Figurinos de José Barbosa. Blusa de algodão preto estampado com flores brancas e rosa, debruada a fita de gorgorão rosa. Saia às pregas de fazenda de lã em xadrez castanho, azul, branco, vermelho e amarelo; 2ª metade da saia em fazenda de lã castanha, bordada a fio de lã azul e com barra de tule preto. avental de rede de pesca rosa, preso ao cós da saia e debruado a fita de algodão da mesma cor. Lenço de fazenda de lã amarela bordado a fio de seda. Capa de fazenda de lã verde com barra de tule roxo. Caneleiras de malha de lã cinzenta. Bailado apresentado em 1948, altura em que se verifica um certo hibridismo na Companhia uma vez que Francis e o bailarino sueco Ivo Crámer (Diretor em 1948-1949) partilham a direção do grupo, existindo duas linguagens paralelas. Neste ano, Francis regressa da sua tournée prolongada no Brasil e volta a integrar o Verde Gaio, criando o bailado "Nazaré". Este bailado procura ser um regresso à génese da Companhia, e portanto, oposto aos espetáculos de estética cosmopolita de Ivo Crámer. "Nazaré" conta com o apoio de António Ferro (1895-1956), que continua fiel à ideia inicial de uma companhia essencialmente portuguesa, nascida no contexto da comemoração do duplo centenário da Fundação e Restauração da Independência de Portugal, pela qual se realiza a Exposição do Mundo Português (1940), e pensada como um dos veículos da "política do espírito".
• Origem/Historial: A peça, tendo constituído propriedade do SNI, a entidade estatal responsável pela criação da Companhia de Bailados Portugueses Verde Gaio, viria a ser incorporada na Inspecção Geral dos Espectáculos, com a extinção do SNI (em 1968 passa a SEIT, sendo este último extinto em 1974) e da própria Companhia (em 1975). Por fim, a Inspecção Geral dos Espectáculos doaria toda a coleção de trajes ao Museu Nacional do Teatro.
• Incorporação: Direcção Geral dos Espectáculos e do Direito de Autor.