"Frederico"
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Museu: Museu Nacional do Teatro e da Dança
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Nº de Inventário: MNT 34329
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Super Categoria:
Arte
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Categoria: Traje
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Autor:
Barbosa, José (Figurinista)
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Datação: 1954
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Técnica: Tafetá; cetim; bordado; estamparia.
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Dimensões (cm): Alt. . x Larg. .
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Descrição: Traje de cena para a personagem "Frederico" (Costa Ferreira) da peça de Marivaux, "O príncipe Disfarçado", levada à cena pelo Teatro do Povo em 1954.
Traje masculino que remete para o início do século XVIII composto por casaco de seda amarela com mangas de pagode que abrem em funil, com bandas, bolsos e punhos de cetim castanho, decorado com galão dourado, folhos de cambraia bordados e com botões forrados a lhama dourada. Colete de seda estampada. Calções de seda castanha.
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Origem/Historial: O PRÍNCIPE DISFARÇADO OU O ILUSTRE AVENTUREIRO, comédia heróica em três actos, de Marivaux com tradução de António Lopes Ribeiro. Encenação de Francisco Ribeiro (Ribeirinho) e figurinos de José Barbosa. Peça apresentada pelo Teatro do Povo em 1954
Fizeram parte do elenco os seguintes actores: Gina Santos, Isabel de Carvalho, Maria albergaria, Maria José, Vanda Maria, Canto e Castro, Carlos Duarte, Costa Ferreira, Fernando Gusmão, Paulo Renato e Rui de Carvalho.
A companhia itinerante Teatro do Povo, dirigida por Francisco Ribeiro (Ribeirinho) e criada por António Ferro em 1936, foi pensada como um veículo de propaganda da "política do espírito" aos meios rurais, apresentando peças com linguagem simples que procuram transmitir principalmente valores "morais" e políticos do Estado Novo e não tanto uma mensagem artística. O repertório de pouca qualidade leva à extinção gradual da companhia no início da década de 40, o que leva Francisco Ribeiro a sair para formar "Os Comediantes e Lisboa". O cargo de director do Teatro do Povo foi sucessivamente entregue a Alfredo Ruas, a Joaquim de Oliveira e a Alberto Ghira. Em 1952 o SNI decide fazer renascer a Companhia e convida novamente Francisco Ribeiro para a dirigir. Nesta segunda fase, que dura até à sua transformação em Teatro Nacional Popular (TNP) no ano de 1955, o reportório é constituído por autores clássicos maioritariamente portugueses, onde a companhia se apresenta em espectáculos ricos em termos de encenação e desenhos teatrais.
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Incorporação: Direcção Geral dos Espectáculos e do Direito de Autor.
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Bibliografia
- MUSEU NAC., Teatro - O Grande Teatro do Mundo ou os classicos em Lisboa. Lisboa: Electa, 1994
- SANTOS, Graça dos - O Espectáculo Desvirtuado. O teatro português sob o reinado de Salazar (1933-1968). Lisboa: Caminho, 2004