Ascensão - Estudo de Composição

• Museu: Museu Nacional Grão Vasco
• Nº de Inventário: 1534
• Super Categoria: Arte
• Categoria: Desenho
• Autor: Sequeira, Domingos António de (Pintor)
• Datação: 1829/1832
• Suporte: papel azul cinza
• Técnica: carvão, giz branco e esfuminho
• Dimensões (cm): Alt. 43,8 x Larg. 58,4
• Descrição: Desenho de formas indefinidas com um claro predomínio da mancha sobre a linha. O giz branco enuncia as aberturas de luz numa espacialidade em que a figura do Redentor é apenas esboçada. Este eleva-se no ar num registo solitário que domina a metade superior da composição. Em primeiro plano, assistem ao momento solene uma massa matérica e imprecisa de figurantes, alguns de braços abertos e erguidos, dispostos em redor de uma clareira, onde se projecta a sombra de Cristo que ascende ao céu. Este é um dos muitos estudos preparatórios conhecidos para a obra final, A Ascensão, datada de 1829-1832, tratando-se de um ensaio intermédio para a composição, apontando já algumas sugestões de enquadramento espacial. As personagens e a paisagem surgem dissolvidas num mesmo cenário, como se a ideia, ainda em fase de elaboração, pesquisasse soluções de concretização e objectividade. Saliente-se ainda, neste estudo, a desenvoltura técnica de Sequeira, onde o pensamento é gestual, discorrendo livremente ao "sabor" do traço, como se um e outro surgissem a um mesmo tempo, numa fusão perfeita entre um momento do processo criativo e a sua materialização. Os estudos serviam para uma primeira confirmação da praticabilidade da ideia do artista e permitiam-lhe avaliar se a concepção era correcta, pelo que constituem o ponto de partida e requisito para a realização de qualquer obra pictórica (neste caso), mas também escultórica ou arquitectónica.
• Origem/Historial: Estudo para a Ascensão, quadro inacabado, datado de 1829-1832, pertencente à colecção Palmela. Existem varios estudos para o quadro, encontrando-se dois no MNAA (talvez o primeiro e o terceiro estudo); no MNSR existe outro com o número de inventario 120, e no Banco de Portugal um esboço com o número de inventário 10012/223. Varios catálogos do MGV (1934, 1940, 1951) referem "alguns desenhos de Domingos Sequeira" em exposição, fazendo-se referência directa a este desenho, no catálogo de 1940, de 1951, e num roteiro elaborado por Russel Cortez, director do museu a partir de 1955. Dia 15/02/2000 - Dr. Jose Teixeira, do Museu de Evora, solicitouao museu toda a documentação referente à peça e aos desenhos atribuídos a D. Sequeira, para efeito de estudo.
• Incorporação: Oferta de Jose do Vale de Matos Cid