Nossa Senhora da Conceição

• Museu: Museu Nacional Grão Vasco
• Nº de Inventário: 918
• Super Categoria: Arte
• Categoria: Escultura
• Autor: Pintor (-)
• Datação: Século 16/17
• Técnica: Talha dourada e policromada
• Dimensões (cm): Alt. 127 x Larg. 60,5 x Prof. 9,5
• Descrição: Escultura representando a Virgem maria sob a invocação de Nossa Senhora da Conceição esculpida em médio relevo, numa placa de madeira rectangular com caixilho moldurado, também de madeira. Colocada no centro da composição, a Virgem de corpo inteiro, de pé, de mãos postas, tem sob os pés o crescente lunar, ladeado de nuvens imbrincadas. Eixo do corpo dirigido para a esquerda acompanhando o sentido da deslocação das mãos, ligeira torção da cabeça na direcção oposta. Dos contornos da figura irradia uma mandorla flamejante, que a envolve num resplendor dourado. No registo superior surgem dois anjos relevados, que se encontram simetricamente afrontados, colocados em atitude de coroar a Virgem (coroa entretanto desaparecida, assim como os braços dos anjos em falta). O gesto de coroação é perceptível tanto pelo que podemos adivinhar da posição dos braços dos anjos e do destacamento do suporte acima da cabeça da Virgem, como o que atesta a descrição do Inventário de 1931 que refere "... a Senhora da Conceição coroada por 2 anjos, alt. 1,29, larg, 0,61". A Virgem enverga coifa com peitilho, que lhe deixa à vista os cabelos ondulados contornado-lhe o rosto, e túnica roçagante, plissada nas fímbrias que mostra a ponta do sapato direito. Manto repuxado sob o antebraço esquerdo, cai desse lado numa sobreposição de pregas e à frente em dobras e pregueados curvilíneos. Decoração com desenhos de flores douradas na túnica e forro do manto, rematado por faixa lisa daquela cor e motivos florais de perfil geométrico, dourados. O manto é de tonalidade verde. Posição das mãos frontalizada, dedos separados. Possui rosto ovalado, olhos amêndoados, boca pequena esboçando um leve sorriso e queixo arredondado. Carnações de bela execução, tal como as cabeças dos anjos, de cabeleiras encaracoladas, muito naturalistas; correcta modelação dos rostos delicados, dos pés desnudos e panejamentos. Trabalho luso-flamengo.
• Origem/Historial: Proveniência da Capela da Quinta do Bispo, freguesia de Santa Cruz do Bispo, concelho de Matosinhos. Entrada no Museu Grão Vasco a título de depósito, a 13 de Fevereiro de 1929, conforme parecer da Comissão Jurisdicional dos Bens Culturais, constantes do ofício de 4 de Fevereiro de 1929, desta Comissão. Possui o Museu de Grão Vasco o documento relativo ao Termo de Entrega, assim como o nº do Processo emitido pela Comissão e dirigido ao então Director do Museu, Francisco de Almeida Moreira.
• Incorporação: Transferência da Capela da Quinta do Bispo, Freguesia de Santa Cruz do Bispo, Concelho de Matosinhos.