Grupo escultórico

  • Museu: Museu da Cerâmica
  • Nº de Inventário: MC 7
  • Super Categoria: Arte
  • Categoria: Cerâmica
  • Autor: Bordalo Pinheiro, Manuel Gustavo (Director Art. FBP (1908-1920))
  • Datação: 1912
  • Técnica: Moldado e modelado
  • Dimensões (cm): Comp. 33 x Alt. 49 x Larg. 51
  • Descrição: Grupo escultórico constituido por uma figura masculina, Stº.António, que se encontra de pé junto a um muro, sobre o qual está uma bilha, debruçado sobre uma figura feminina, também ela de pé, tendo aos seus pés uma bilha partida. Santo António, segura com a mão esquerda o livro e com a direita afaga a face da figura feminina. As figuras estão assentes sobre uma base irregular. A figura feminina traja saia, camisa e colete com um lenço na cabeça e encontra-se descalça, o Santo é representado nas suas vestes com o hábito Franciscano.
  • Origem/Historial: Fernando Martins -o futuro Santo António- frequentou a escola catedral de Lisboa, entre os anos de 1197 a 1204, onde aprendeu as primeiras letras junto dos acólitos, que ajudavam nos oficios divinos. Em 1208 ou 1209, pede o hábito canonical a S.Vicente de Fora. Em 1211, D.Afonso II, tomou a coroa por morte de seu pai D.Sancho I, mandando reunir Cortes em Coimbra, promulgando leis gerais, e Fernando Martins transitou do Mosteiro de S.Vicente de Fora, em Lisboa, para o Mosteiro de Santa Cruz, em Coimbra, onde acumula um saber que lhe permitiria ser instrumento da Palavra Divina. Em 1218 ou 1219, recebe a ordenação sacerdotal, e começa a pregar os seus sermões e homilias pondo em acção os conhecimentos teológicos e espirituais, que acumulou na sua formação clerical em Coimbra.Foi canonizado em 1232. Em 1485, na Flandres, os simbolos antonianos eram o livro, a cruz, o lírio, e a palma. Na arte portuguesa os símbolos mais contrastantes são:a cruz, o lírio, o livro e o Menino. A partir do séc.XVII, as representações do Santo passam a integrar o lírio, tradição antiga que já aparecia na Flandres nos finais do séc.XV, por influência italiana. Por vezes, a figura de Santo António aparece associado a S.Francisco de Assis, razão que se justifica, pela chegada das reliquias dos Santos Mártires de Marrocos (Beraldo, Oto, Pedro, Adjuto e Acursio) em 1220. Em Portugal, e já tardiamente, Santo António tornou-se uma figura popular e convivial, como prova esta escultura de Manuel Gustavo Bordalo Pinheiro narrando o conhecido episódio do "Milagre da Bilha"nos limites do profano.
  • Incorporação: Peça adquirida ao coleccionador Alfredo Lucas Cabral, em 1979.
  • Centro de Fabrico: Caldas da Rainha

Bibliografia

  • Manuel Gustavo Bordalo Pinheiro:obra cerâmica e gráfica. Lisboa: 2004
  • Santo António/ Arte e História. Lisboa: IPM/ICEP, 1995

Exposições

  • A Cerâmica das Caldas

    • Palácio Galveias, Lisboa
    • 21/4/1980 a 15/5/1980
    • Exposição Física
  • A Cerâmica das Caldas

    • Museu de José Malhoa, Caldas da Rainha
    • 18/7/1980 a 31/8/1980
    • Exposição Física
  • A Cerâmica das Caldas

    • Casa Museu Fernando de Castro, Porto
    • 1/10/1980 a 31/10/1980
    • Exposição Física
  • A Cerâmica das Caldas

    • Museu Machado de Castro, Coimbra
    • 1/12/1980 a 31/12/1980
    • Exposição Física
  • Santo António, O Santo do Menino Jesus

    • Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand
    • 18/4/1996 a 16/6/1996
    • Exposição Física
  • Manuel Gustavo Bordalo Pinheiro (1867-1920): Obra cerâmica e gráfica

    • Museu de Cerâmica, Caldas da Rainha
    • 11/12/2004 a 5/6/2005
    • Exposição Física
  • Manuel Gustavo Bordalo Pinheiro(1867-1920):obra cerâmica e gráfica

    • Casa Museu Guerra Junqueiro, Porto
    • 12/8/2005 a 25/9/2005
    • Exposição Física

Multimédia

  • 2895.jpg

    Imagem
  • 1890.JPG

    Imagem
  • 1891.JPG

    Imagem
  • 2644.JPG

    Imagem