Descrição: Fruteira com base oval, marcada por forte perfil baixo e alongado. Nos extremos, servindo de asas, possui ramalhetes de malmequeres, flor que é retomada no centro da composição entre duas largas folhas, lisas, constituindo o fundo onde se integra uma alongada libélula, cujas asas têm uma elaborada textura.
Origem/Historial: Esta peça fazia parte da colecção do Visconde de Sacavém.
"Peça excepcional de cerâmica Arte Nova em Portugal, esta taça é de clara inspiração francesa, não só pela morfologia, insistente em linhas e matérias orgânicas, mas também pelos motivos, flores e um insecto, aqui uma libélula cuja matéria irisada das asas se adequava aos princípios estéticos deste movimento. Recorde-se a propósito a sofisticadíssima 'peça de ourivesaria de René Lalique, peitoral "Mulher- libélula", 1897-1898, da Colecção Calouste Gulbenkian..."
In Portugal 1900, pág. 412
Incorporação: Adquirida juntamente com o imóvel (Palacete que alberga o Museu da Cerâmica) a Manuel José, 4º Visconde de Sacavém.
Centro de Fabrico: Caldas da Rainha
Bibliografia
Portugal 1900. Lisboa: Gráfica Maiadouro, 2000
Exposições
Cultura, Cerâmica e Inovação, Museu Nacional do Azulejo