Peso ?

  • Museu: Museu Francisco Tavares Proença Júnior
  • Nº de Inventário: 10.572 MFTPJ
  • Super Categoria: Arqueologia
  • Categoria: Instrumentos e utensílios
  • Autor: Autor desconhecido
  • Técnica: Polimento total
  • Dimensões (cm): Comp. 31,8 x Larg. 6,8 x Esp. 2,7
  • Descrição: O inventário do Museu regista um artefacto lítico, de tipologia indeterminada, proveniente da Lardosa (Castelo Branco). É uma peça incomum. É um seixo de xisto, longo, afunilado e espalmado em secção. A forma sugere um longo machado de pedra polida. No entanto, não apresenta sinais de formatação ou acabamento tanto no corpo como no gume, pelo que pode afirmar-se que não teve uso prático em actividades de corte ou de percussão. O polimento que exibe é natural, de natureza fluvial, embora possa ter recebido um desgaste antrópico nas superfícies mais planas. Porém a marca mais expressiva da acção humana, nele inscrita, é um sulco picotado, grosseiro, com cerca de 1 cm de largura, que envolve o extremo "proximal" da peça. Esta canelura poderia servir de fixação a uma corda, para suspensão da peça, admitindo-se dessa forma a sua utilização como peso. Ao invés, e admitindo função bélica, ritual ou simbólica, como maça ou como bastão, o sulco poderia, de igual forma, servir como base de fixação de um laço para subsequente aplicação no pulso aquando do seu empunhamento por mão humana. Podem encontrar-se alguns paralelos formais da aplicação de sulcos transversais em artefactos alongados da pré-história peninsular e mediterrânica. Referimo-nos, por exemplo, ao pequeno bétilo recolhido no hipogeu da Praia das Maças e a diversos ídolos mediterrânicos, com idêntica particularidade. Mas de comum com a peça albicastrense estes ídolos têm apenas o sulco periférico numa das extremidades, sendo contrastantes tanto a forma como as dimensões. Podem também referir-se, por exibirem sulcos múltiplos numa das extremidades, os bastões paralelepipédicos recolhidos em diversos pontos de Portugal, em contexto proto-histórico, nomeadamente em Conímbriga e Mação. Desconhece-se o contexto arqueológico deste achado. É, por isso, imprudente atribuir-lhe uma cronologia e uma função específica. Porém, o facto de integrar a colecção de Tavares de Proença é, pelo menos, revelador da importância que o arqueólogo lhe atribuiu. Descrição de João Caninas e Francisco Henriques (2004)
  • Incorporação: Francisco Tavares Proença

Bibliografia

  • FERREIRA, Ana Margarida (coord.) - Arqueologia: colecções de Francisco Tavares Proença Júnior. Castelo Branco: IPM, Dezembro de 2004

Exposições

  • Arqueologia: colecções de Francisco Tavares Proença Júnior

    • Museu de Francisco Tavares Proença Júnior
    • Exposição Física

Multimédia

  • 4386.jpg

    Imagem