Ponta foliácea de pedúnculo lateral

• Museu: Museu Francisco Tavares Proença Júnior
• Nº de Inventário: 10.167 MFTPJ
• Super Categoria: Arqueologia
• Categoria: Instrumentos e utensílios
• Autor: Autor desconhecido (-)
• Técnica: Lascamento
• Dimensões (cm): Comp. 5,7 x Larg. 3 x Esp. 0,7
• Descrição: Ponta foliácea pedunculada lateralmente (dita "à cran"), sobre lasca de face plana. Retoque foliáceo invasor no lado esquerdo e marginal no lado direito; retoque oblíquo a abrupto na extremidade distal, destinado a reforçar a ponta activa. Cor bege a cinzenta clara. As pontas pedunculadas lateralmente (muitas vezes ditas "à cran", na literatura internacional da especialidade) incluem-se no conjunto das pontas foliáceas características de uma fase final do complexo industrial Solutrense. Existem dois grandes subtipos de pontas foliáceas pedunculadas: as de pedúnculo lateral ("à cran") e as de pedúnculo axial, muitas vezes dotadas também de aletas laterais. Estas últimas são muito características do Solutrense Levantino Ibérico. Por terem sido originalmente descritas na gruta de Parpalló (próximo de Valência),chamam-se "pontas de Parpalló". Philip Smith (1965) identificou 5 subtipos de pontas pedunculadas, tendo em conta a forma e simetria do pedúnculo, assim como o grau de retoque. Destas, algumas têm repartição geográfica mais limitada do que a do conjunto do complexo industrial que integram. Tal é o caso, a título exemplificativo, das que acima apontámos, ditas também de tipo mediterrânico e que ocorrem também em Portugal. O pedúnculo é em qualquer dos casos uma manifestação evidente do encabamento destas peças em varas verosimilmente de madeira, constituindo assim armas de arremesso de considerável poder penetrante: lanças dotadas de pontas pétreas, mais resistentes, perfurantes e solidamente fixadas à vara-suporte. Tal como em relação às chamadas "folhas de loureiro", existem também pontas solutrenses pedunculadas de dimensões miniaturais (veja-se, em Portugal, o caso de um belo exemplar pertencente às colecções do Museu Nacional de Arqueologia, identificado no sítio de Vale de Almoínha), sugerindo problemática idêntica à que já referimos no comentário que fizemos em relação àquelas peças. Descrição de Luís Raposo (2004)
• Incorporação: Francisco Tavares Proença Júnior