Frontal de altar

• Museu: Museu Nacional do Azulejo
• Nº de Inventário: MNAz 133 Az
• Super Categoria: Arte
• Categoria: Cerâmica
• Autor: Autor desconhecido
• Datação: 1600/1650
• Técnica: Faiança
• Dimensões (cm): Alt. 55,5 x Larg. 83,5 x Esp. 1,7
• Descrição: Pano de Frontal de Altar, composto por azulejos em faiança policroma. Pintura em azul, verdes e ocres sobre fundo branco. Paisagem de composição simétrica centrada por palmeira ladeada por dois arbustos com folhas, bagos e uma grande flor. Em primeiro plano, ao centro, veado ladeado por duas corças. A composição é limitada lateralmente por árvore seccionada e franja, e percorrida superiormente por franja.
• Origem/Historial: O Altar, comum às mais diversas religiões, nas quais é sempre lugar sagrado por execelência, desempenha no Cristianismo um papel fulcral. Pedra expiatória, evoca o sacrifício de Cristo. Pale sua importância, o seu adornar sempre preocupou os fiéis, traduzindo-se essa preocupação nas mais variadas soluções decorativas. A sua forma facilitava o revestimento com tecidos e possibilitou, mais tarde, a susbtituição por azulejos. Em 1509 o Cabido de Sevilha, visando moderar os gostos sumptuários, recomendou os azulejos para adornar os frontais de altar. A partir do último quartel do século XVI, Talavera de La Reina ultrapassou Sevilha como grande centro produtor de azulejos em majólica. Os Portugueses fizeram as primeiras encomendas. O primeiro momento de autonomização do frontal de altar português concretizou-se com o aproveitamento dos ornatos de «grotesco» que na década de 30 do século XVII se afirmam na nossa azulejaria. Estes frontais inspiram-se nos «panos da Índia», tecidos indianos pintados ou estampados, produzidos sobretudo na região de Guzarate, tendo sido trazido para a Europa pelos portugueses, ao longo dos séculos XVI e XVII.
• Incorporação: Desconhecido (Fundo Antigo).
• Centro de Fabrico: Lisboa, Portugal