Alegoria à Eucaristia

• Museu: Museu Nacional do Azulejo
• Nº de Inventário: MNAz 161 Az
• Super Categoria: Arte
• Categoria: Cerâmica
• Autor: Autor desconhecido
• Datação: 1660
• Técnica: Faiança
• Dimensões (cm): Alt. 139 x Larg. 111,3
• Descrição: Pintura policroma a azul, amarelo e verde sobre branco. Painel figurando uma custódia, apoiada numa taça e circundada por resplendor. Ao centro, a óstia, marcada com uma cruz, é ladeada pelas figuras de S. Pedro e S. Paulo. A custódia, sustida por um querubim está colocada sobre um frontal de altar, de que podemos observar parte da sanefa e uma cartela contendo a legenda "LOUVADO SEIA O SANTISSIMO SACRAMENTO". Na parte inferior, dois anjos custódios, ajoelhados sobre nuvens, com uma mão no peito e outra segurando um círio. Superiormente, figuram, entre nuvens, outros dois anjos, curvados e com os braços cruzados sobre o peito. Cercadura de óvulos e volutas de acanto, ligadas entre si, e sob as quais "corre" uma fiada de pérolas.
• Origem/Historial: Revestimento da igreja do antigo convento de Sant' Ana, Lisboa. "Numa exaltação ao mistério da Transubstanciação da hóstia consagrada no corpo de Cristo, exposta ao olhar dos fiéis no seu recipiente, a custódia ou ostensório, pequenos painéis foram sendo integrados em espaços religiosos, para homenagem ao Santíssimo Sacramento. Essa exposição eucaristica da hóstia consagrada, denominada lausperene ou "louvor perene", tinha uma duração temporal específica, pelo que o artifício da sua representação em azulejos prolongava, respeitando o dogma, a sua presença nos espaços de aplicação de painéis como os Cats. 125 a 127. Integrado num conjunto de painéis que foi depositado no Convento da Madre de Deus, ainda no século XIX, proveniente do Convento de Sant'Ana, o Cat. 127 é, dos três, aquele onde o princípio da Fé surge de forma mais expressiva. Seguindo a proposta dos anteriores, fundindo-as, neste painel os anjos surgem em adoração, com as mãos, com as mãos sobre o peito, e com o brilho divino da custódia, que se encontra sobre um altar, obscurecendo o mundo em redor, destacando-a e tornando irrisória a luz das duas candelárias, abaixo. aqui, S. Pedro e S. Paulo são identificáveis, ladeando a hóstia que resplandece com a marca da cruz." Alexandre Pais in "Um Gosto Português. O Uso do Azulejo no séc. XVII", pp. 272.
• Incorporação: Desconhecido ( fundo antigo ).
• Centro de Fabrico: Lisboa