Painel de azulejos

• Museu: Museu Nacional do Azulejo
• Nº de Inventário: MNAz 136 Az
• Super Categoria: Arte
• Categoria: Cerâmica
• Autor: Autor desconhecido
• Datação: 1635
• Técnica: Faiança
• Dimensões (cm): Alt. 69,5 x Larg. 2,63
• Descrição: Painel de azulejos em faiança polícroma: azul e amarelo sob branco, de grotescos com cartela, polícromo, apresenta um emblema pessoal ou empresa, uma cabeça bifronte, humana e leonina, com a legenda "ASA RATIO EX OVE LEO, que se pode interpretar " A razão é ofendida pela ovelha" ( que se revelou/tornou leão" . Cercadura composta por uma sucessão de quadrifólios.
• Origem/Historial: Painel proveniente de antigo Palácio da Rua dos Corvos, em Lisboa. "Também de matriz maneirista, painéis como os Cats. 107 a 110 filiam-se directamente nos grotescos clássicos inspirados nas decorações da Domus Aurea, em Roma, descoberta arqueológica que inspirou as artes do Renascimento, divulgando-se, através de gravuras, por toda a Europa. Dois silhares provenientes de um palácio situado na Rua dos Corvos, em Lisboa (Cats. 107 e 108), integravam um conjunto cuja dimensão total se desconhece, mas com uma relevância atestada pelos exemplares que nos chegaram e que integram o acervo do Museu Nacional do Azulejo. O primeiro apresenta um emblema pessoal ou empresa, uma cabeça bifronte, humana e leonina, com a legenda ASA RATIO EX OVE LEO, que se pode interpretar como "A razão é ofendida pela ovelha (que se revelou/tornou) leão". Para se entender esta mensagem na sua plenitude, seria necessário lê-la no contexto mais vasto da encomenda que integrou e do local de aplicação a que se destinava. Muito provavelmente, esta ficou a dever-se a D. Lourenço de Lima Brito Nogueira, 6º visconde de Vila Nova de Cerveira. Grande valido de Filipe III de Portugal, após a Restauração de 1640 abraçou a causa nacional, sendo nomeado por D. João IV para o Conselho Real. Neste sentido, é possível interpretar a empresa contida neste painel no âmbito restauracionista de renovação do poder, pelo que, a ter sido produzido cerca de 1635, poderia exprimir, de forma velada, im desejo de independência face à Coroa espanhola." João Pedro Monteiro in "Um Gosto Português. O Uso do azulejo no séc. XVII", pp. 210.
• Incorporação: (Fundo Antigo) proveniente de um palácio na rua dos Corvos, lisboa.
• Centro de Fabrico: Lisboa