Descrição: Painel de azulejos em faiança polícroma: azul e amarelo sobre branco. Representação figurativa de costumes: venda de castanha. À direita da composição uma vendedora de castanhas, abrigada sob um chapéu de chuva e inclinada sobre um fogareiro com um abanador na mão. Por trás desta e ao centro encontram-se, de pé, um casal de camponeses. Em segundo plano a parede de um edifício com duas janelas gradeadas e o início de uma escadaria. Moldura de folhagem estilizada.
Origem/Historial: Desconhece-se a origem desta série de painéis. Provavelmente trata-se do espólio da antiga fábrica Lusitânia ou do revestimento de algum edifício transformado em delegação da Caixa Geral de Depósitos.
A propósito da obra de Jorge Colaço, Paulo Henriques no catálogo "O Azulejo em Portugal no século XX" (Ver Bibliografia), p.37, escreveu: "Jorge Colaço transportou para o século XX um gosto decorativo oitocentista, de ilustração tardo-romântica dos grandes Mitos da História de Portugal, a par de estereótipos de um Nacionalismo que se firmou pela descrição dos lugares castiços do País e das personagens genuínas do Povo, entre camponeses e pescadores em paisagens rurais e marítimas.
A sua produção fez reviver estilos "antigos" citando os períodos áureos do azulejo em Portugal, entre azul e branco do Barroco e Rococó, afirmados respectivamente na primeira metade e no terceiro quartel do século XVIII, e constitui-se como modelo preferido por muitos autores e fábricas até à actualidade."
Incorporação: Oferta da Caixa Geral de Depósitos
Centro de Fabrico: Lisboa, Portugal
Bibliografia
MECO, José - O azulejo em Portugal. Lisboa: Publicações Alfa, 1989
O Azulejo em Portugal no século XX, catálogo de exposição itinerante no Brasil.. Lisboa: Comissão Nac.para a Comemoração dos Descob.Portugueses-INAPA, 2000
Jorge Colaço E A Azulejaria Figurativa Do Seu Tempo , Catálogo, 2019, MNAz
Exposições
JORGE COLAÇO e a Azulejaria Figurativa do Seu Tempo