Azulejo

• Museu: Museu Nacional do Azulejo
• Nº de Inventário: MNAz 662 Az
• Super Categoria: Arte
• Categoria: Cerâmica
• Autor: Autor desconhecido
• Datação: 1601/1630
• Técnica: Faiança
• Dimensões (cm): Alt. 14 x Larg. 112 x Esp. 1,41
• Descrição: Azulejos polícromos: azul, amarelo, ocre e branco. Guarnição para tapete decorada com motivos florais e vegetalistas estilizados, sobre fundo branco. Campo central constituído por figura híbrida aludindo ao Sol, por cujos membros superiores passam caules folhosos com terminações de bagas, sendo ladeada por grifos afrontados, agregados a caules folhosos que, por sua vez, se entrelaçam a outros, rematados por cabeça de grifo e ligados a elemento floral não visível, através de anel triplo. A composição é delimitada, superior e inferiormente, por moldura amarela.
• Origem/Historial: Ficha Tipológica n.º 1. Foram retirados dois grifos para o painel da C.G.D.. Fonte base: SIMÕES, Santos J.M., "Azulejaria em Portugal no séc. XVII", Tomo I, pág. 148, C-60. Variantes: 4204, 4329, 4333, 4334, 4002, 4003 e 4331. Bibliografia: SIMÕES, Santos J.M., "Azulejaria em Portugal no séc. XVII", Tomo I, pág. 143 - "Assim aparecem ainda no primeiro terço do séc. XVII as cercaduras com configurações de querubins, sereias, grifos, etc.. Eram, aliás conhecidas em Espanha e de lá terão vindo os temas que se usavam entre nós." HALL, James, "Dictionary os Subjects and Symbols in Art", pág. 143 - "Grifo - monstro fabuloso tendo a cabeça, asas e garra de uma águia e o corpo e partes posteriores de um leão. A sua origem está provavelmente no Oriente (...).Em heráldica simboliza as qualidades da águia e do leão (sabedoria e vigilância). Como símbolo cristão significa a dupla natureza de Cristo: Divina (Pássaro) e Humana (Animal). HARGREAVES, Joyce, "New Illustrated Bestiary", pp. 56-57 - "A mistura de duas criaturas solares, o leão e a águia mostram que o grifo tem um carácter benéfico. Simbolicamente os grifos representam a opulência dourada do Sol e estes animais solares conduzem os carros de Júpiter, Apolo e Nemesis". MEYER, S.F., "Manual de Ornamentacion", pp. 93-94, Lâmina 54 - Grifos - "Na Antiguidade o grifo estava relacionado com o fogo, daí a sua aparição frequente acompanhada de candelabros, nos frisos, etc. (...)". Locais: - Igreja de São Quintino, Sobral de Monte Agraço. - BRANCO, João Castelo, "Azulejos", Europália 91, pág. 99, n.º 36 - "Os tapetes ponta de diamante vão sempre a par com uma cercadura chamada dente de lobo, que é igualmente de origem sevilhana. Existe, no entanto, excepções como no nartex da Igreja do Convento de São Felix, de Chelas, em Lisboa."
• Incorporação: Desconhecido (Fundo Antigo)