Covilhete

  • Museu: Casa-Museu Dr. Anastácio Gonçalves
  • Nº de Inventário: CMAG 175
  • Super Categoria: Arte
  • Categoria: Cerâmica
  • Autor: Autor desconhecido (-)
  • Datação: Século 18
  • Técnica: A pasta crua é revestida de vidrado, depois de cozidos recebem os esmaltes
  • Dimensões (cm): Comp. 28,5 x Alt. 5,7 x Larg. 23,1
  • Descrição: Covilhete oitavado, com caldeira de parede oblíqua, que se projecta para o exterior, formando um rebordo levantado, e pequeno pé direito, executado em porcelana, branca e fina, revestida de vidrado transparente e quase incolor, à excepção da extremidade do pé, que tomou uma cor acastanhada em contacto com a atmosfera do forno. A decoração em esmaltes da «família verde» (verde, vermelho ferro, azul, amarelo, castanho e preto) com toques a ouro, reparte-se por painéis irradiantes que correspondem aos lados do octógono e ao facetado da pasta. No interior, o fundo octogonal, é ocupado por dois ramos, um de peónias e outro de crisântemos, ambos desabrochados, em vermelho e dourado, sobrevoados por uma fénix multicolor. Os oito painéis são decorados, alternadamente, por ramo com três flores de lótus e borboleta, em diversas posições, poisada sobre ramo com três flores, nos quatro painéis mais pequenos. O friso é totalmente coberto por uma cercadura verde com pontos pretos e ramos castanhos com flores de cinco pétalas, em vermelho e ouro, interrompida por reserva oval e branca, contendo alternadamente um crustáceo e um peixe, entre vegetação, sobre os quatro lados de maiores dimensões. O exterior segue o esquema decorativo interno, sendo os dois painéis maiores preenchidos com ramo de peónias com os seus botões e folhas, os médios com ramo de crisântemos e os menores com flores de lótus. No reverso do friso corre uma cercadura, inspirada nos tecidos, com quadrifólios e flores variadas, alternando com reservas preenchidas com borboleta e flores, correspondentes às do verso. O pé acentuado por uma linha quebrada em vermelho ferro, apresenta dois furos, para suspensão, feitos posteriormente.
  • Origem/Historial: Adquirido por intermédio de Milne por 1.000$00 (mil escudos) em 4/10/1947. Provém da rua Rosa Araújo (mesmo prédio do Delbruc). Em 1965, as Finanças atribuiram-lhe o valor de 10.000$00 (dez mil escudos) A peça foi incorporada em 18/8/1967 por auto de entrega e cessão de bens ao Estado.
  • Incorporação: Por testamento de 31/07/1964

Bibliografia

  • PINTO DE MATOS, Maria Antónia - A Casa das Porcelanas. Cerâmica chinesa da Casa-Museu Dr.Anastácio Gonçalves. Londres: Phipip Wilson/IPM, 1996

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