Cruz processional

• Museu: Museu Nacional de Arte Antiga
• Nº de Inventário: 191 Our
• Super Categoria: Arte
• Categoria: Ourivesaria
• Autor: Autor desconhecido (Ourives)
• Datação: Século 14
• Técnica: Cristal de rocha lapidado e polido; prata fundida, cinzelada, incisa e dourada
• Dimensões (cm): Alt. 38 x Larg. 23,5
• Descrição: Cruz de cristal de rocha com as extremidades flordelisadas e ligeira chanfradura a todo o perímetro. Ao centro, na intersecção dos braços com as hastes, apresenta-se uma caixa quadrangular, com as faces protegidas por vidros com moldura denticulada em prata, sustentada por quatro braçadeiras denticuladas e ornamentadas com o primeiro brasão inciso utilizado pelos Albuquerques, Em cada face desta caixa surge uma miniatura em pergaminho dourado, sendo o verso preenchido pela figura do Salvador abençoando, inscrita numa mandorla mística, suportada por quatro anjos; na outra face o Calvário. Enriquecem estas miniaturas aljofares, encontrando-se alguns deles soltos no interior da caixa. A cruz assenta sobre um nó em cristal, com forma de calote esférica achatada e perfurada por um espigão que a fixa à base. Uma base em madeira, de época posterior (século XVII), tem aplicada em três faces, relíquias protegidas por cristais de rocha convexos.
• Origem/Historial: Comunmente designada por Cruz de D. Afonso Sanches, esta obra deve ser constantemente associada à fundação do Convento de Santa Clara de Vila do Conde, donde provém, devendo-se a sua doação a este nobre, bastardo de D.Dinis e fundador deste cenóbio. Sendo o primeiro Senhor de Albuquerque, as suas armas encontram-se gravadas oito vezes na cruz, fazendo com que se transformasse no centro do culto taumatúrgico que surgiu em volta da figura do Infante e sua mulher D.Teresa Martins. Inventário do Museu Nacional de Arte Antiga. Colecção de Ourivesaria. Do Românico ao Manuelino, IPM, 1995
• Incorporação: Convento de Santa Clara, Vila do Conde
• Centro de Fabrico: Itália; Portugal